Fera da Atos Jiu-Jitsu, Juliederson ensina a aproveitar cada faixa sem ansiedade

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Juliederson conheceu o ídolo Anderson Silva no QG da Atos em San Diego. Foto: Divulgação

Faixa-preta da equipe Atos, Juliederson Rodrigues costuma repetir aos amigos de treino que, no Jiu-Jitsu, o segredo é aproveitar ao máximo o tempo em cada faixa, com paciência e zero ansiedade de ver a faixa-preta na cintura.

Foi esta a sua receita para chegar longe. Entre seus maiores feitos, Juliederson conquistou o ouro no Pan da IBJJF em 2022, na faixa-marrom peso leve master 1. Graduado professor em dezembro de 2022, o faixa-preta de André Galvão dividiu com a equipe GRACIEMAG o que aprendeu ao longo de sua trajetória.

GRACIEMAG: Dá para treinar solto no QG da Atos com aqueles monstros à solta?

JULIEDERSON RODRIGUES: Dá sim. Na Atos tem todo tipo de treino que você puder imaginar. Se quiser treinar somente com campeões mundiais, você consegue; se quiser treinar um soltinho também pode, afinal eles possuem vários horários de aula, com níveis diferentes, como qualquer grande escola de Jiu-Jitsu.

Você ainda lembra do seu primeiro contato com o Jiu-Jitsu?

Meu primeiro treino foi em 2010, num projeto social da prefeitura de Macaé, no Rio de Janeiro. O legal foi que eu tinha ido surfar no dia, perto de casa. Quando voltávamos, um amigo que surfava comigo me chamou para ir lá treinar pela primeira vez. Desde então me apaixonei pelo esporte.

Você ao receber a faixa-preta disse que foi capaz de aproveitar ao máximo cada uma das faixas coloridas, sem pressa nem pressão. O que aconselha aos novatos em relação a isso?

Costumo aconselhar meus amigos a aproveitar o processo. O ideal no Jiu-Jitsu é não ter a troca de faixa como meta, e sim pensar na evolução como artista marcial. Sempre falo que é melhor ser um faixa-roxa que endurece com os marrons do que um marrom que toma apavoro de faixa-azul!

E qual foi a faixa na qual você tomou mais “apavoro”?

A azul. Foi a faixa mais sofrida pra mim, afinal foi a fase em que eu mais treinei Jiu-Jitsu, e não conseguia ganhar nada nos campeonatos. Mas segui em frente, o macete é entender que tudo faz parte do caminho, as derrotas também podem ser úteis para quem quer evoluir.

Quais serão suas metas para 2024?

Costumo separar meu ano competitivo por trimestre – neste primeiro trimestre meu foco será totalmente voltado ao Pan da IBJJF. Vou lutar alguns Opens também, mas no geral quero treinar bastante e corrigir as falhas que sei que preciso melhorar.

Como foi parar no dojo do André Galvao?

Sempre fui fã do Galvão, eu assistia aos vídeos de luta dele e sonhava em treinar fora do país. Decidi assim vir para a Atos.

O que aprendeu de melhor com ele e com seu mestre no Brasil, César Maillet?

Meu mestre no Brasil é um cara com uma energia muito boa, o César Maillet. Aprendi com ele muito sobre a vida, e que o Jiu-Jitsu é uma arma fortíssima para fazer amigos e não inimigos, mesmo nos campeonatos. Com o André Galvão, aprendi que o Jiu-Jitsu é uma verdadeira faculdade para a vida, e que em cima do tatame você pode tirar várias lições de como se comportar no dia a dia.

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