Paulão: “Treinado ainda sou osso duro de roer”

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O craque Paulo Filho continua a batalha contra a depressão. Sequela da doença, teve de cancelar o compromisso com o Dream, em outubro. Disposto a se reerguer novamente, Paulada entrou em contato diversas vezes com o amigo e promotor Amaury Bitetti, quando pediu para lutar na próxima edição do Bitetti Combat, no dia 12 de dezembro, em Barueri.

Ao perceber a vontade do amigo, Amaury não pensou duas vezes e escalou Paulão no evento. O remédio contra a depressão será o combate contra o japonês Tatsuhiko Nishizaka. Confira a entrevista exclusiva abaixo:

Paulão afia as quedas com Rodrigo Artilheiro. Foto: Carlos Ozório.

Paulão afia as quedas com Rodrigo Artilheiro. Foto: Carlos Ozório.


O anúncio foi feito faltando 15 dias para o combate. Já vinha se preparando?

Estou bem voltado para aquilo que vou tentar apresentar. Estou trabalhando o que tem que ser feito e vamos ver até onde posso chegar de verdade. Não garanto que nessa luta estarei 100%, mas meu projeto é dar seguimento e mostrar que posso me recuperar.

No último Bitetti Combat você recebeu críticas pela apresentação abaixo da média. Será diferente desta vez?
Já estou bem e treinando muito forte há dez dias. Estou trabalhando um ferro com o Julio, meu preparador físico, e aquele trabalho forte com o (Josuel) Distak. Ele me coloca na exaustão completa, no ritmo de luta. Trabalhamos apenas o específico para o combate e estou me sentindo muito bem. Estou treinando certo, comendo certo e fazendo tudo que não fazia!

Por que não cumpriu o compromisso com o Dream?
Não estava com a cabeça legal e acabei não conseguindo tirar a tempo o visto. Estava pesado, e desmotivado.

Como é lidar com a depressão? É uma batalha dura de vencer?

É uma série de coisas que não escolhemos. É uma doença muito complicada e ficamos sempre em altos e baixos. Às vezes fico muito bem e às vezes muito triste, perdemos até o sentido pela vida. Somos seres humanos, mas treinado e bem ainda sou osso duro de roer. Estou ficando assim agora, mas sei que não é uma batalha vencida ainda.

E o que espera do adversário?
Não estou preocupado com isso – contra quem o Amaury me colocar vou lutar. São três rounds de cinco minutos. Vou lutar até 88kg, com a cabeça boa e estarei melhor.

Nesse tempo parado, tem acompanhado as lutas?

Continuo acompanhando. Vi a luta do Dan Hardy. É um garoto muito bom, mas o St-Pierre, com mais eficiência no Jiu-Jitsu, dará um passeio nele. O Bisping também vem lutando com muito coração. A verdade é que hoje vemos em ação a saúde, defesa e ataque sem parar. A técnica, em alguns casos, está se perdendo. Ainda vou tentar ir pela técnica, com o Jiu-Jitsu, que é o que eu sei fazer.

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