Faixa-preta é um faixa-branca que nunca desistiu

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O ditado acima reflete bem o processo de esforço de todo lutador de Jiu-Jitsu. Abraçar um estilo de vida que propõe tantos sacrifícios e desafios diários é de fato um convite à desistência. Desde a faixa-branca, abrimos mão de muitas coisas para buscar esse aprendizado, mas como diz outra famosa frase, “cada escolha é uma renúncia”.

Tenho testemunhado histórias, aqui no Oriente Médio, de superação nesse sentido. São quase as mesmas vividas no Brasil ou qualquer outro lado do mundo. Chama atenção, porém, o empenho das mulheres árabes. Sim, pois a complexidade cultural desta região faz que muitas dessas determinadas mulheres sejam, além de desbravadoras, heroínas.

As jordanianas do time The Source resolveram "importar" por uns dias professoras de Abu Dhabi, como Cassuza Fornari. Fotos: George Markarian.

Temos, hoje, no Líbano, uma professora grávida, a jordaniana Ghalia Smith. Ghalia, inclusive, firmou recentemente convênio com a Embaixada do Brasil para ministrar Jiu-Jitsu no Cento Cultural Brasileiro em Beirute.

Em Abu Dhabi, a primeira atividade diária dentro de uma escola militar feminina é uma aula de Jiu-Jitsu. Detalhe: o dia dessas alunas militares começa às 4 da manhã.

E, no último fim de semana, a professora Cassuza Fornari, que mora em Abu Dhabi, foi convidada por oito faixas-brancas jordanianas para ministrar um seminário direcionado para mulheres da capital Amam. Elas organizaram e custearam o seminário diretamente, sem qualquer interferência do professor, o faixa-preta Samy Al Jamal. O professor, obviamente, cedeu o tatame e apoiou a ideia.

Fatos assim nos fazem acreditar que, em breve, veremos cada vez mais faixas-pretas mulheres por aqui. Ao que tudo indica, são mulheres que desconhecem a desistência.

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