Como o Jiu-Jitsu chegou a Cambridge

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Feliz com os rumos da Gracie Barra Lisboa, o faixa-preta Alex Machado, 38 anos, sentiu que a academia já podia ser tocada por seus instrutores, já maduros, e procurou uma nova cidade para morar com sua família e ajudar a expandir o Jiu-Jitsu.

Consultando um estudo da revista “Forbes”, Alex encontrou em Cambridge, cidade do estado americano de Massachusetts o lugar perfeito para seus sonhos: “É onde fica a Universidade de Harvard, e parecia reunia todas as qualidades que eu buscava para morar – uma cidade perfeita para eu abrir uma nova academia Gracie Barra e para meus filhos estudarem”, conta Alex.

Foi quando o destino deu uma mão: “Pedi para uma empresa que me costumava fornecer dados estatísticos de varias metrópoles mundiais, para me enviarem os dados sobre Cambridge, MA. Devido a um erro, eles me enviaram os dados da Cambridge, UK, aqui na Europa. Comecei a ler sem perceber e achei a cidade excelente!”

O professor decidiu conferir. Pegou um avião de Lisboa e duas horas e meia depois estava certo de sua decisão. “Como tenho dupla nacionalidade, nasci em Londres e vivo em Portugal, ficou ainda mais fácil. Quando o Mestre (Carlos Gracie Jr.) deu o OK, avancei”.

Cambridge-University-Senate-House

Apoiado por um esquadrão que conta com Roger Gracie, Lucio Lagarto e Bráulio Estima, Alex abriu a nova academia – e ainda escalou seu faixa-preta Pedro Rodrigues para abrir outra GB numa cidade a 70km de Cambridge.

A universidade de 800 anos, que não é uma referência mundial à toa, viu o potencial do Jiu-Jitsu e se interessou pelas aulas de Jiu-Jitsu.

“Agora pusemos Cambridge no mapa do Jiu-Jitsu, e isto é só o começo!”, vibra Machado.

“O povo europeu começou a entender o Jiu-Jitsu como arte e filosofia, afinal uma das características do europeu é entender o conceito da coisa antes de se dedicar a ela. E vale lembrar que aqui nós temos um judô muito forte e presente nas escolas, o que confere uma base boa para depois evoluir como atleta de Jiu-Jitsu”, analisa o professor, pode-se dizer, da Universidade de Cambridge. “Ao mesmo tempo, é um povo habituado a exportar conceitos e não a importá-los, por isso às vezes as coisas levam mais tempo a serem assimiladas. Aliás, se queremos ver o Jiu-Jitsu nos Jogos Olímpicos algum dia, é fundamental que este ganhe força na Europa, devido ao peso que a Europa tem nestes tipos de decisões.”

Uma bela aula.

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