Após acidente que quase o deixou paraplégico, faixa-preta ganha cinturão

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Faixa-preta da academia de Zé Mario Sperry, Rafael Negretty é um craque em colecionar vitórias tanto na vida quanto nas artes marciais. O gaúcho, que sofreu grave acidente de moto há quase dez anos e quase ficou paraplégico, tornou-se mais um sinônimo de superação no mundo do Jiu-Jitsu. Em abril, ele deu mais uma prova de sua resiliência, ao lutar no dia 23 no evento Danki Fight Show, no Stage Music Park, em Florianópolis. Negretty saiu com uma vitória por finalização na luta de Jiu-Jitsu do evento.

“Meu adversário, Eduardo Francisco, era muito forte, mas eu estava muito bem preparado fisicamente. Não consegui vencer no tempo regulamentar, tentei encaixar duas guilhotinas e ele defendeu bem. No tempo extra, ajustei a posição e consegui a finalização”, destrinchou Rafael. “Sinto que o mais difícil para mim nunca é a luta. Eu moro no litoral do Rio Grande do Sul, na cidade de Torres, a 200km da capital de Porto Alegre, onde é a sede da minha academia de Jiu-Jitsu. Por conta da distância, preciso adaptar os meus treinos em Torres ou em Capão da Canoa”.

O gaúcho fez uma das superlutas no evento que teve como principal atração o tetracampeão mundial de boxe Acelino “Popó” Freitas. Apesar da experiência de já ter lutado em grandes eventos, Negretty garante que foi a maior experiência de sua carreira.

“Foi incrível, o maior que já lutei. E pisar no mesmo ringue que o Popó, um ídolo brasileiro dos esportes de combate, foi uma benção. Sou muito grato por tudo que estou vivendo. Para alguém que quase ficou paraplégico e deu a volta por cima, sem dúvidas o que estou vivendo é um sonho duro de acreditar”, comemorou o casca-grossa.

Para o segundo semestre, ele está negociando uma nova luta de MMA, onde computa uma vitória e uma derrota, e novas lutas casadas no Jiu-Jitsu com e sem kimono.

“Estou na minha melhor forma. Todos os dias faço preparação física com um grande profissional, o Luiz Francisco Maggi. Faço treinos específicos e de forma multidisciplinar, sempre com ênfase nas artes marciais. Eu me dedico de corpo e alma pelo esporte. Quero lutar o máximo possível, levar a bandeira do Rio Grande do Sul ao lugar mais alto e aproveitar todas as oportunidades que a vida me der. É esse o meu objetivo”, concluiu.

Em 2013, Negretty sofreu um grave acidente de motocicleta e quase ficou paraplégico, com lesões sérias nas vértebras torácicas e lombares. Após ouvir que suas chances de andar de muletas eram de apenas 8%, ele passou cerca de um ano em cima de uma cama, até reaprender a andar.

Relembre sua saga, aqui.

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