A lição de Diogo Reis: “Queremos construir um legado e elevar o nível do esporte”

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Diogo Reis derrota Gabriel Sousa e se torna campeão da categoria até 66kg do ADCC 2022. Foto: Kinya Hashimoto/Jiu-Jitsu Nerd

Aluno de Melqui Galvão e joia da Fight Sports, Diogo Reis provou no ADCC 2022 que pertence à elite do grappling. O manauara venceu as quatro lutas que disputou e se tornou campeão da categoria até 66kg. Na final da divisão, o “Baby Shark” derrotou Gabriel Sousa por 3 a 0 para ficar com o ouro. Antes de se garantir na decisão, Diogo superou Ashley Williams, Fabricio Andrey e Josh Cisneros.

O faixa-preta mostrou um jogo muito ajustado no tradicional torneio de grappling e sequer sofreu um ponto no campeonato. Depois de bater Ashley Williams na fase preliminar, Diogo mediu forças com Fabricio Andrey, seu amigo e companheiro de treino, em busca da vaga na semifinal. Os prodígios fizeram um duelo eletrizante e Diogo venceu na decisão dos árbitros, em combate decidido nos detalhes.

Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, Diogo Reis destacou a importância do título do ADCC para a sua carreira e comentou a experiência de enfrentar o amigo Fabricio Andrey na competição.

GRACIEMAG: O que o título do ADCC representa para você?

DIOGO REIS: Esse título tem um significado enorme para mim e representa todas as pessoas que me ajudaram a conquistá-lo e que estão ao meu lado desde criança, como meu mestre Melqui Galvão, minha família e meus parceiros de treino. Eles me deram todo o suporte desde o meu começo no Jiu-Jitsu e eu sou muito grato a essas pessoas. Sem elas, não chegaria totalmente preparado nos campeonatos.

Qual foi a primeira coisa que passou na sua cabeça quando você derrotou o Gabriel Sousa na final?

Confesso que não me lembro muito bem, queria apenas curtir o momento. Levantei os braços, fiz a comemoração do Baby Shark e abracei o Melqui. Eu só sentia gratidão por todos que estavam ali e que, de alguma forma, me ajudaram a vencer o ADCC. Quando a luta acabou, quis apenas demonstrar minha gratidão.

O que você conversou com o Melqui no tatame após a sua vitória?

Só conversamos quando chegamos ao hotel no dia seguinte. Discutimos nossos próximos objetivos porque não queremos apenas vencer campeonatos, mas construir um legado para as próximas gerações. Pretendemos deixar uma história importante e elevar o nível do esporte.

Qual foi o diferencial para você vencer o ADCC?

O grande diferencial foi a minha mentalidade e ter acreditado nas palavras do meu professor. Não adianta eu me preparar bem e não acreditar no meu potencial nos momentos decisivos. Então eu confiei no meu jogo, escutei as palavras do Melqui, deixei fluir e conseguimos trazer esse título para casa.

Como foi a experiência de lutar contra o Fabricio Andrey?

Foi chato lutar contra o Fabricio, ele é meu amigo e parceiro de treino, não queria que essa luta tivesse acontecido. Mas já esperava aquela guerra, nossos treinos são assim e no ADCC não foi diferente.

Quais são os seus próximos objetivos?

Pretendo evoluir e melhorar cada vez mais. Ainda tenho muito a aperfeiçoar no meu jogo e vou treinar com e sem kimono. Mas o objetivo é sempre o mesmo: seguir em constante evolução.

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