Por que a raspagem de gancho de Ricardo Bastos funcionou tão bem na Copa Pódio?

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Ricardo Bastos contra Leandro Lo, na dura semifinal da Copa Pódio. Foto: Gustavo Aragão/GRACIEMAG.com

Realizada no último dia 21, a Copa Pódio de Jiu-Jitsu foi um prato cheio para quem é fã da arte suave. Entre as feras, Ricardo Bastos terminou na quarta posição, mas o faixa-preta da Nova União soube usar a alavanca associada aos ganchos. Combinações que culminaram num show de raspagens.

“Esse jogo eu tenho desde a faixa-laranja, sempre gostei de raspagem de gancho. Como hoje em dia o pessoal usa muito guarda X, berimbolo, 50/50, o pessoal não está tão habituado a defender isso, o que me facilita. Eu tenho o hábito de treinar esses golpes sempre, além de gostar dessa raspagem. É algo diferente do que todo mundo tem feito”, contou ao GRACIEMAG.com .

“Tem muito treino específico para guarda de gancho, mas o principal é ter o abdome bem trabalhado, bem forte. Além de ter sempre uma manga bem dominada”, ensina o faixa-preta.

“Apesar de não ter vencido, e ter parado na semifinal com o Leandro Lo, foi uma lição bem positiva. Estava precisando de uma oportunidade dessas para me testar, para provar para mim mesmo que eu ainda tinha o que fazer. A lição é que tenho que treinar mesmo, e que não estou devendo nada aos demais competidores. O meu medo era me sentir desatualizado, e o que acabou acontecendo foi que o meu Jiu-Jitsu mais antigo foi bastante eficiente com essa galera. Quando viram que eu não passo afastado, que meu jogo é amassando, eles ficaram temerosos. A galera gritava, ‘não deixa ganhar a meia-guarda, que vai ser ruim de sair!’. E quando eu puxava para a guarda, pediam para afastar dos meus ganchos. Acho que só preciso adaptar, não tenho que atualizar tanto assim”, explica o lutador, que teve a torcida carioca incentivando o tempo todo.

“Isso foi um combustível para mim, muito bom você ter pessoas que te acompanham no dia-a-dia. A maioria que estava lá é da minha academia na Vila Valqueire, alunos do André Marola, onde treino também. Até o [Rafael] Formiga disse que só conseguiu fazer a vantagem no Otávio Sousa no finalzinho, porque a nossa torcida incentivou”, disse o irmão de Bruno Bastos e primo de André Bastos, a quem substituiu de última hora com sucesso.

“Meu objetivo agora é lutar a Seletiva do Abu Dhabi Pro em Natal, em setembro. Estou correndo atrás de patrocínio, e depois vou para o Mundial Masters e Sêniors, em outubro, na Califórnia”, contou. “Queria agradecer ao Jeferson Maycá que acreditou em mim, ele poderia ter aberto a vaga para outro atleta. E a meu primo e a meu irmão que colocaram a pilha para eu lutar, a Nova União que abraçou a ideia, e a todos que torceram e mandaram mensagem. E ao meu filho, para quem faço tudo na vida”.

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