Galvão: “O fundamental é não deixar o Jiu-Jitsu de lado”

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É segunda de tarde no Rio, e André Galvão, 27 anos, está realizando a única atividade mais importante para o lutador do que o treino: o descanso após o treino.

A voz, porém, é firme, e as ideias são lúcidas, enquanto a filhota Sarah parece tentar, sem conseguir, tirar a concentração do lutador durante a conversa por telefone com o GRACIEMAG.com.

ANDRÉ NA BATALHA COM CARCARÁ NO ADCC, EM FOTO DE JOHN LAMONICA

ANDRÉ NA BATALHA COM CARCARÁ NO ADCC, EM FOTO DE JOHN LAMONICA

Acompanhe o bate-papo com o faixa-preta que está nas páginas de GRACIEMAG deste mês de novembro:
Os caras do Strikeforce pediram para deixar a luta do Fedor passar para escolherem seu oponente. Como está isso?


Hoje vou conversar com o Jóia (Jorge Guimarães, o Joinha) para vermos isso. Até o fim da semana isso sai, sem falta. Me falaram que luto em dezembro. Tem um evento no dia 19. Não sei se luto neste, acredito que sim.

Ter lutado o ADCC em Barcelona ajudou ou não na sua preparação para o MMA?
Claro, na minha visão é sempre possível conciliar, ainda mais Jiu-Jitsu sem kimono e MMA. O vital é não deixar nosso Jiu-Jitsu de lado, por isso gosto de competir para estar sempre me aprimorando. Percebi no ADCC que estava um pouco fora do timing das posições, mas ao mesmo tempo vibrei pois percebi que estou mais forte, mais explosivo e com as quedas e entradas de perna mais rápidas. Queria até ter lutado o Mundial Sem Kimono, mas acabei ficando com a cabeça só nos treinos e nem me inscrevi.

Você chegou nas cabeças, perdendo para Xande Ribeiro na semifinal do absoluto e Braulio Estima na final do peso, cuja imagem virou capa de GRACIEMAG deste mês. O que aprendeu ali?


Bráulio estava com um timing perfeito para o Jiu-Jitsu sem kimono, realmente era o dia dele. O triângulo invertido realmente foi algo surpreendente, e aconteceu. O cara arrebentou mesmo e mereceu o que conquistou. Aprendi muito com o evento, vou treinar alguns detalhes para não perder as posições. Mas talvez a lição principal foi que a experiência talvez seja o fator vital para vencer no ADCC. Cada edição que você luta, mais chance de ganhar a próxima.

A melhor luta do evento, em que Marcelo Garcia finalizou Kron Gracie na prorrogação, foi exemplo disso?

Com certeza. Kron perdeu uma posição boa ao atacar Marcelinho por ter menos experiência que o adversário, infelizmente. Isso conta muito, é preciso também estudar as regras, estar bem afiado em todos os aspectos.

Você vem de contestada derrota para Jason High, em julho, no GP do Dream. Como estão os treinos no Rio agora?

Nos últimos meses, treinei com Rodrigo Minotauro e Anderson Silva, além do Rogério Minotouro, Rafael Feijão e Ronaldo Jacaré. Treinar com eles é bom para qualquer um. Minotauro é um cara muito experiente e o Anderson é muito criativo, com uma visão impressionante. Graças a Deus estou aqui e eles me ajudam como podem. Tento ajudar, mas estou sempre mais aprendendo que ensinando. Realmente são diferenciados e estão entre os cinco melhores. Basta trabalharmos unidos, que tem tudo para dar certo. O material humano e a estrutura aqui são impressionantes.

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