Eduardo Castro e a importância de ter uma postura de campeão no Jiu-Jitsu

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Eduardo e sua turma. Foto: Rperodução

Levando em conta treinos, dietas e a inevitável perda de momentos recreativos, é quase redundante dizer que a jornada para se tornar um campeão no Jiu-Jitsu não é fácil. Mas segundo Eduardo Castro, GMI e professor da Half & Half BJJ, existe outro fator que pode impactar a sua carreira nos tatames: a postura.

Em papo com GRACIEMAG, o professor explicou sobre a importância de se portar como um campeão, além de contar sobre sua trajetória como competidor e o orgulho que sente ao ver o sucesso de seus alunos. Confira nas linhas abaixo!

* Entre para o time GMI! *

GRACIEMAG: Como foi o seu início no esporte? Como você conheceu o Jiu-Jitsu?

EDU CASTRO: Inicialmente, eu praticava judô, mas por conta do Fernando Tererê e do Eduardo Telles, que além de grandes nomes no esporte são amigos pessoais, acabei migrando para o Jiu-Jitsu. Sempre os tive como referência no esporte e comecei treinando com o Fernando, mas ele acabou indo para os Estados Unidos e eu ingressei na academia Xtreme Tatuapé.

Edu Castro com o camarada Fernando Terere, na Half & Half. Foto: Arquivo pessoal

Como foram seus anos de faixa colorida? Qual o melhor ensinamento da sua época de atleta

Acumulei algumas vitórias na minha carreira. Fui campeão paulista com a azul e a roxa, além de ter conquistado o segundo lugar com a marrom. Conquistei também alguns outros títulos pela CBJJ, mas não era a minha prioridade no esporte. Busco sempre lembrar aos meus alunos que, independente do seu objetivo na vida, é preciso agir como um campeão para alcançar a vitória. Os objetivos podem ser competir, dar aulas ou qualquer outra coisa, mas você precisa se enxergar no topo e se sacrificar para atingir as suas metas.

Em que ano você pegou a faixa-preta e das mãos de quem? Qual a melhor memória deste dia?

Recebi a preta em dezembro de 2012, pelas mãos do Marco Barbosa, líder da Barbosa Jiu-Jitsu de São Paulo. Lembro que todos os meus alunos, que estavam comigo desde a faixa-roxa, compareceram para me prestigiar. A presença deles e o fato de ter alcançado aquele ponto na minha carreira contribuíram para esse dia ser tão especial e inesquecível.

E como treinador, responsável pelo sucesso dos seus alunos? E uma emoção melhor do que um título próprio?

Com certeza, ver meus alunos competirem e alcançarem o topo me enche de orgulho. Durante a minha trajetória como professor, formei alguns alunos que se destacaram bem no cenário competitivo, dentre eles o Valmir Bastos, que é um faixa-azul que começou a treinar comigo ainda na branca e chegou a alcançar o primeiro lugar no ranking da IBJJF e da CBJJ. A sensação de ver o seu aluno ser bem-sucedido é sem igual, sempre que eu vivencio isso sei que escolhi a profissão certa.

“você precisa se enxergar no topo e se sacrificar para atingir as suas metas”. Foto: Reprodução

Você morou um tempo fora do Brasil, ensinando o Jiu-Jitsu. Quais foram as maiores surpresas e desafios desse período?

Com lugares diferentes, surgem desafios diferentes. Recentemente fiquei 4 anos ensinando no Qatar e foi uma experiência fantástica, mas não sem obstáculos. Em todo lugar haverá uma dificuldade, mas eu consigo ver além disso e apreciar o Jiu-Jitsu, que me permitiu conhecer tantos lugares e aprender muito em cada um deles.

Quais são os diferenciais que um professor deve ter para ser bem-sucedido?

Ao meu ver, se trata de um conjunto de fatores. O professor deve prezar, primeiramente, pelo seu local de trabalho, ou seja, oferecer aos alunos um local limpo e com uma boa energia, para que eles consigam se concentrar completamente em seus treinos. Outro ponto importante é conhecer os seus alunos, saber até onde cada um deles aguenta ir e respeitar os limites de todos. Por fim, mas certamente não menos importante, é ter amor e dedicação pela profissão que você escolheu. Se o professor seguir esses passos, o resto acaba fluindo da melhor forma.

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