Claudio Caloquinha da cirurgia ao pódio: uma aula de como tratar lesões

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Em outubro de 2018, o faixa-preta mineiro Claudio “Caloquinha” Mattos não conseguiu mais adiar: precisou passar por uma cirurgia para reparar o joelho, mais especificamente o ligamento cruzado anterior.

Noventa e cinco dias depois, o professor da Gracie Barra BH já estava treinando Jiu-Jitsu com parceiros de treino mais levinhos; seis meses depois, Caloquinha era campeão brasileiro pela CBJJ, no peso médio master, ao fechar a chave em Barueri com seu parceiro e “irmão” de GB-BH, Sérgio Benini – de quebra, ainda levando o parceiro nos ombros, como a foto de Carlos Arthur Júnior mostra acima, a comprovar que o joelhinho está firme.

No último dia 19 de maio, o professor voltou a competir e vencer etapa do Abu Dhabi Pro em Gramado. Faixa-preta desde 2005, Caloquinha aprendeu novas lições após mais esta recuperação – e passou as melhores para você leitor, aqui no seu portal de Jiu-Jitsu GRACIEMAG.com. Esteja você contundido ou não, não deixe de ler e reler as lições de nosso GMI, a seguir. Oss…

Vontade de vencer
“Quando a gente se contunde seriamente, é preciso voltar com vontade. E não vou negar que o tanto de gente que já me declarava ‘aposentado’ alimentou ainda mais minha vontade de voltar a vencer. Quando o lutador se machuca, e na minha carreira foram várias contusões, muita gente desacredita que seremos capazes de lutar novamente. Lute para provar que essas pessoas estão erradas.”

Nunca é fácil
“A lição principal para uma boa recuperação é confiar naqueles que caminham juntos de você. Você vai precisar de muita dedicação, disciplina e força de vontade. Quem realmente quer é capaz de conseguir qualquer coisa no Jiu-Jitsu.”

Voltando a treinar
“Depois de 95 dias da cirurgia, eu já estava treinando com os mais levinhos na GB-BH. Nessas horas a gente é grato por ter aprendido tanta técnica boa com nosso líder Vinicius Draculino. Graças a ele, temos uma técnica boa, capaz de controlar bem o treino, com moderação, limitando certos movimentos até podermos treinar tudo. Por isso eu consigo voltar tão rápido aos treininhos.”

Mente forte
“Nosso pior adversário sempre será a gente mesmo, é o que minha mente competitiva sempre pensou. Então sempre busco me superar diariamente, seja nos treininhos, na parte física ou na fisioterapia. Com isso em mente, o lutador sempre vai estar em sua melhor forma.”

Fisioterapia
“Uma recuperação também precisa de grandes profissionais. E isso sempre tive, em todas as vezes que me machuquei. Meu fisioterapia, Rodrigo Fadel, por exemplo, é meu salvador. Ele sempre faz alguma mágica comigo, e estamos sempre quebrando recordes. O principal na hora da fisioterapia é estar altamente motivado durante o tratamento – é preciso se dedicar ao máximo, como você se dedicaria se estivesse de kimono. Se você um dia andou tanto, no dia seguinte procure andar um pouco mais. Superar-se sempre. Eu me lembro que ainda estava com os pontos no joelho e já fazia exercícios leves.”

Evolução
“Com um mês de cirurgia, eu comecei a fazer dois turnos de fisioterapia, 35 minutos de exercícios cardiorrespiratórios e 30 minutos de caminhada na pisicina. Acho que nunca me dediquei tanto na minha vida. Para isso, é preciso contar com uma grande equipe, como temos na GB BH, pois eles me permitiram ficar sem dar aulas por um tempo e me dedicar somente ao meu retorno aos treinos.”

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