Ataide Rafael: “o professor de Jiu-Jitsu é acima de tudo um comunicador”

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Nosso GMI em Little Rock, no Arkansas, o faixa-preta Ataide Rafael dá aulas na escola Westside MMA, e vem obtendo muito sucesso nos Estados Unidos como professor de Jiu-Jitsu e também como competidor. Pedimos ao craque uma dica fundamental para quem está empenhado em sair do Brasil e viver da arte suave no exterior. Rafa respondeu:

“Ter um bom Jiu-Jitsu é muito importante, claro, mas não é tudo. O professor de Jiu-Jitsu é um “comunicador”, portanto, estude inglês. Tem que ter pelo menos um conhecimento básico da língua inglesa para compreender as dúvidas dos alunos de fora do Brasil e transmitir o fundamental. Repare que o Jiu-Jitsu não é só uma cartilha de golpes, o bom professor transmite conceitos de estilo de vida também. Para isso são necessárias boas atitudes, carisma e técnicas de comunicação oral. Se você não tem uma boa comunicação, um bom vocabulário, todo o resto perde em potência e credibilidade. Fale de forma simples e objetiva. E na língua do seu público, no meu caso a língua inglesa”.

Você gosta mais de competir ou de dar aulas?
Amo competir e amo dar aulas de Jiu-Jitsu, fico muito feliz quando vou lutar junto com meus alunos, principalmente os iniciantes. É gratificante demais ver o aluno colocar em prática o que aprendeu no treino e não tem preço que pague ser exemplo pra eles competindo e subindo ao pódio.

Qual foi a sua grande vitória como lutador e qual foi a sua derrota mais dura?
Minha maior vitória está sendo poder dar melhores condições de vida à minha família.  Claro, tive muitas derrotas e não tenho uma específica no momento, porém o mais importante que carrego comigo é sempre aprender com cada revés e seguir em frente.

Quais foram os principais desafios que você teve que vencer ao longo da sua carreira?
A falta de patrocínio. É super difícil se preparar para uma competição “sozinho”. Para um atleta a competição começa antes do campeonato: preparo físico, dieta, inscrição, viagem… Tudo isso requer muito sacrifício do atleta, e nem sempre se consegue ajuda, e por isso muitos talentos morrem.

Quem é o seu grande ídolo na carreira, aquela pessoa que serve como diretriz nas suas grandes decisões?
Meus ídolos são aqueles que estão comigo no dia a dia, como o Professor Roli Delgado, meus colegas Betina Penedo e Bruno César, pois são eles que me ajudam a alcançar as minhas conquistas de hoje, mas não posso deixar de citar algumas pessoas específicas como os professores Denilson Pimenta, Wendel Vieira, Dinho, André Roberval, que fazem parte da minha história.

 

 

 

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