Rolles comenta derrota

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Mal acabou o UFC 109, no último sábado dia 6, e a pergunta na cabeça do fã de Jiu-Jitsu era relativa não à última luta da noite, entre Couture e Coleman, ou outra qualquer do card principal.

O mistério era o que acontecera no primeiro desafio da noite, ainda com uma Mandala Bay vazia, em Las Vegas, com os espectadores ainda chegando.

Contra Joey Beltran, Rolles Gracie, 31 anos, rendeu abaixo do esperado e, dominado pelo cansaço, perdeu por interrupção do juiz no segundo assalto – Rolles finalizara todas as suas lutas anteriormente.

GRACIEMAG.com perguntou rapidamente à equipe do lutador o que ocorrera, e publicou a explicação na madrugada de domingo: aparentemente a adrenalina vencera a preparação do atleta, consumindo-o e consumindo seu gás.

Ao retornar de Las Vegas, Rolles conversou com o GRACIEMAG.com, por e-mail. Confira:

O que deve deixar mais chateado nessas horas é ver que todo o treino duro não deu o resultado esperado. A que conclusões você chegou depois da luta?

Claro, todas as horas de treinamento e o tempo longe da família pareceram não compensar. Evidente que isso me chateia. Mas eu também aprendi que eu preciso reestruturar meu programa de treinos. A verdade é que atuei muito abaixo do esperado, abaixo do meu melhor. O que eu preciso agora é treinar ainda mais forte e seguir lutando.

A impressão é que até a montada tudo seguia o roteiro certinho… Quando você sentiu o cansaço?

Acho que qualquer um que assistiu à luta pode ver que as coisas iam bem nos primeiros minutos. O primeiro assalto era meu. Para ser honesto, não lembro exatamente quando a exaustão se instalou, provavelmente no fim do primeiro round. Eu então deveria ter controlado meu ritmo melhor, mas continuei partindo para cima e esgotei minha energia.

O que posso dizer? Não era meu dia. Quero dizer, é MMA, não golfe” Rolles

A mudança de oponente em cima do laço, ou seja, ver ali na frente um cara completamente desconhecido, influenciou de alguma forma, talvez no subconsciente?

Acho que eu estaria mentindo se dissesse que isso não afeta ali na hora. Mas na verdade isso acontece toda hora. Das minhas quatro lutas, em três meu oponente mudou graças a lesões, e em uma a luta teve que ser cancelada – foi tão em cima que foi impossível arrumar um substituto. Faz parte do esporte, você apenas tem de tentar se adaptar e seguir em frente.

Como você tem lidado com as críticas?

Olha, eu entendo que os fãs estejam desapontados. Eu agradeço por todo apoio que recebi e eu realmente queria fazer um show bonito. O que posso dizer? Aquele não era meu dia. Quero dizer, é MMA, não golfe. Os fãs são uma força diferente, e quando ficam com raiva eles definitivamente fazem chegar isso a você. Com a internet, twiitter, e-mail, facebook, todos estão tão acessíveis que, com o clicar do botão, você é capaz de dizer ao atleta exatamente o que pensa de sua atuação. É o jeito que as coisas são hoje. E eu fico feliz de fazer parte de um esporte onde os fãs participam com tanta paixão.

Algum recado para seus fãs no Brasil, Nova York e no mundo?

Gosto de interagir com meus fãs, sempre curto os comentários, negativos ou positivos. Então continuem mandando ver. Quero lutar de novo logo. Eu já sou um lutador melhor após essa experiência.

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