Robert Drysdale e o abraço do albatroz

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Confronto entre Drysdale e Marcelinho Garcia no ADCC 2007. Foto: Guilherme Rafols

Sábio é o lutador de Jiu-Jitsu que usa as peculiaridades de seu biotipo a favor de sua estratégia de combate. É o caso do americano Robert Drysdale, faixa-preta de braços compridos, fortes e flexíveis; membros que lhe oferecem uma envergadura tão monumental quanto a de um albatroz, a ave não-extinta que tem a maior amplitude de asas já registrada neste planeta.

Tal amplitude – misturada a um bocado de sagacidade técnica e ousadia – possibilitou a Drysdale encaixar este arrochado “triângulo de mão”, quando o cronômetro marcava pouco mais de dois minutos corridos da final da categoria absoluto do ADCC 2007, realizado em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Aprisionado pela armadilha, Marcelinho Garcia, um dos principais nomes da história do evento, não encontrou alternativas para escapar. “Quando vi, já estava encaixado. Se não bato ali, eu dormia”, disse o craque da Alliance, nitidamente com dores no pescoço após o confronto.

“O Marcelinho tem as costas pequenas e avança na passagem com a cabeça baixa. Eu sabia que se o meu braço entrasse enroscando o pescoço dele daria tudo certo”, analisou Drysdale. “A galera sempre me disse que eu tinha jogo para ganhar dos favoritos. Faltava eu acreditar. Campeonato é cabeça, e eu sempre travava. Esse triângulo de mão eu fazia todo dia na academia, mas nunca tinha saído numa competição. Hoje eu subi ao ringue mentalizando a coisa certa”.

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