Resultados, campeões e toda ação das finais da faixa-preta no Mundial da IBJJF

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Pesadíssimo: Marcus Buchecha estica o braço de James Puopolo

Foto: Gallerr.com

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Às 21h40 do Brasil (17h40 na Califórnia), Marcus Buchecha entrou para disputar o ouro no peso pesadíssimo, contra o surpreendente americano James Puopolo. Em dois minutos, Buchecha esquentou.

Puxou para a guarda, fintou um leglock, raspou o faixa-preta dos irmãos Ribeiro e voou para as costas, no seu ritmo insano. Sem lembrar que é um gigante, escorregou suavemente para o braço e finalizou, aos 3min e pouco. Uma campanha e tanto, ele que voltava de um ano de contusão e finalizou feras como Felipe Preguiça e João Gabriel Rocha.

Peso-galo: Bruno Malfacine vence Caio Terra por 2 vantagens a 0 (0 a 0)

Foto: Gallerr.com

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Bruno Malfacine buscava o oitavo título, e conseguiu, graças a seu equilíbrio de moeda, duro de descolá-lo do tatame. Foi talvez a luta entre os arquirrivais Malfa e Caio com menos brechas cedidas. Malfa jogou por cima e, centímetro a centímetro, avançou contra os perigos da guarda de Caio e conquistou duas vantagens a partir do legdrag. Caio, por baixo, tentou raspar ensandecidamente no último minuto, mas Bruno, como uma máquina movida a alta octanagem, segurou-se. Seu oitavo ouro num mesmo peso é um recorde inédito. Será que alguém um dia repete esse octa mundial no Jiu-Jitsu? Você comenta.

Peso-pluma: Paulo Miyao x Ary Farias

Foto: Gallerr.com

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Após um tempo se dedicando ao MMA, Ary Farias voltou para buscar o título inédito na faixa-preta, ele que colecionou ouros em todas as faixas coloridas. Foi bem no seu retorno, mas do outro lado da chave estava o atual campeão, o guardeiro mais focado do mundo, Paulo Miyao. Paulo, que costuma dormir no tatame da academia com o irmão João, provou que é o melhor do planeta entre os plumas mais uma vez.

A primeira raspagem, de Miyao, veio aos 6min de luta, mas a final foi insana, com uma omoplata encaixada por Paulo e voos de Ary mirando o leglock. Paulo raspou, foi raspado, raspou por último e tentou atacar as costas, para ficar com o ouro. No alto do pódio, ainda recebeu o cheque de 15 mil dólares dado ao líder do ranking mundial. E nem assim abriu um sorrisão, o focado.

Peso-pena: Rafael Mendes venceu Marcio André no finzinho por 2 a 1 nas vantagens (8 a 8)

Foi uma disputa incrível, uma troca de raspagens que até o último minuto estava sendo vencida pelo novato Marcio André, professor da Nova União de Bangu que migrou para Abu Dhabi. Provando o valor da experiência, Rafa Mendes empatou a guerra em 8 a 8 no último minuto, fez mais duas vantagens decisivas e acabou, com um dos ganchos e a mão na gola, colado às costas de Marcinho. Foi a manobra do título. Na semifinal, vale lembrar, Marcio eliminara Rubens Charles após passar sua guarda. O agora hexa mundial Rafa terminou nos braços das criancinhas da sua Art of Jiu-Jitsu, e Marcio também acabou aplaudido. O peso-pena só ganha com mais este pequeno monstro da faixa-preta.

Peso leve: Lucas Lepri finalizou Edwin Najmi nas costas

Foto: Gallerr.com

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O feito do novato americano Edwin Najmi, treinado por Romulo Barral, não foi pequeno – beliscou uma prata numa divisão espinhosa logo no primeiro Mundial como faixa-preta. Mas Lucas Lepri não deu brechas, e passeou, matando o quadril do americano e sua guarda. Depois de passar e abrir 12 a 0, o mineiro da Alliance obrigou Edwin a dar as costas e arrochou o pescoço, restando 8 segundos de luta. Lepri agora é tetra mundial.

Peso médio: Otavio Sousa ficou com o ouro ao fechar com Gabriel Arges

Após a campanha impressionante de ambos, Otavio ficou com o tri. Depois de Gabriel Arges finalizar Claudio Calasans e Marcos Tinoco, o jovem talento da GB provou que tem tudo para voltar em muitas outras finais.

Meio-pesado: Leandro Lo venceu Romulo Barral por 5 a 0

Novamente, o homem que inspirou o jogo de raspagens de Leandro Lo era seu rival numa final. Romulo Barral buscava o hexa, mas seu jovem “sucessor” estava demais. A nova raspagem de Leandro Lo, dando um nó nas duas pernas do oponente e efetuando o desequilíbrio, voltou a funcionar na final contra Barral. Após abrir 2 a 0, Lo exibiu ainda uma passagem pouco usual, matando o gancho De la Riva com um empurrão, e marcou 5 a 0, para administrar nos minutos finais. Muito emocionado, Romulo desamarrou sua própria faixa e a pôs na cintura de Lo, aposentando-se como competidor de Mundiais. Se você chorou, leitor, relaxe. Foi mesmo um dos grandes momentos do domingo.

Peso pesado: André Galvão venceu Jackson Sousa na decisão (2 a 2)

Fosse pela campanha, Jackson Sousa venceria aclamado. Mas na luta final, desenrolada em pé, a coisa ficou muito parelha. No fim André puxou para a guarda fechada e fintou uns botes. Os árbitros acharam que o professor da Atos foi mais ofensivo, e André venceu. Jackson ficou ofendido – em especial por uma vantagem que julgou merecer. Seja como for, Galvão agora é tetracampeão mundial. E Jackson, que eliminou Felipe Preguiça e outras pedreiras, por certo vai voltar muitas vezes ainda a este pódio.

Superpesado: Léo Nogueira venceu Alexandro Ceconi por 2 vantagens

A última final das divisões da faixa-preta masculino terminou meia-noite de Brasília (20h da Califa). Para enfrentar o jogo de meia-guarda ardiloso de Leonardo Nogueira, era preciso um equilíbrio sobre-humano. Alex Ceconi começou amassando, mas Léo e suas raspagens abriram 2 vantagens. Por cima, Ceconi tentou passar chapado no tatame, tentou escorregando o joelho e tentou com a lapela, mas não conseguiu desprender o pé daquela meia-guarda resistente. Ô armadilha encruada! Mais um ouro para o exímio meia-guardeiro Léo Nogueira.

A cobertura do MUNDIAL 2016 é um oferecimento de STORM STRONG.

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