Renzo, Ryan, Jorge Macaco e os “valores da rivalidade”

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Os irmãos Ryan e Renzo Gracie. Foto: Arquivos GRACIEMAG

Arte inclusiva em muitos aspectos, o Jiu-Jitsu além de aprimorar a mente e o corpo dos seus praticantes, ajuda também aqueles mais introvertidos a conhecer pessoas novas, fortalecer laços e cultivar grandes amizades. Renzo Gracie, famoso por seu alto astral e conhecimento vasto da arte suave, tem amigos a perder as contas, mas para o sábio professor, um fiel inimigo pode ter grande valia no crescimento do praticante, nos tatames e na vida.

Para Renzo, não há motivação maior do que um grande rival para que você se torne cada vez melhor, sem conforto, pronto para encarar as adversidades assim que elas aparecerem. Como exemplo disto, o professor citou a rivalidade entre o irmão Ryan Gracie e Jorge Patino Macaco.

“Um inimigo de verdade, o inimigo mais leal que o meu irmão Ryan Gracie teve se chama Jorge Patino Macaco”, disse Renzo ao blogueiro Olivar Leite. “Brigaram várias vezes, onde se viam se pegavam. Ele foi o motivo pelo qual o Ryan se manteve treinado. Se o Ryan foi o que foi, o Macaco ajudou muito. Ele tinha que estar afiado e é isso que o faz grande. Eu queria ter mais gente assim na minha vida.”

Mesmo com toda a rivalidade entre ele, Renzo falou também do respeito que um teve com o outro, em especial por parte de Macaco após o falecimento de Ryan, em 2007.

“Você já ouviu o Macaco falar mal dele? Já ouviu ele botar o Ryan para baixo depois dele ter falecido ou contar vantagem? Mas isso porque ele pertence ao Jiu-Jitsu, é da bandeira do Jiu-Jitsu. As pessoas as vezes estranham o carinho que eu tenho com o Macaco. Eu agradeço a ele.”

Outro exemplo de respeito e admiração pelo inimigo é dado com um exemplo do próprio Renzo com uma antiga professora, que não via um futuro brilhante para o aluno. O espirituoso professor teve um jeito peculiar de provar o contrário, desafiando as previsões da professora, mas sem desgostar da mesma.

“Eu ajudo até hoje uma professor que dizia que a luta me levaria para a prisão ou para o cemitério. Até hoje, quando eu escrevo um livro, mando para ela uma cópia e um cartão: ‘Assim que teu livro for escrito, por favor, me manda uma cópia’. Podem achar que é maldade minha, mas ela certa vez precisou operar o joelho e eu mandei, por um amigo, o dinheiro para ela realizar a cirurgia. Quero que ela continue pensando mal de mim. Eu preciso de inimigos, de amigos eu estou cheio!”

E você, amigo leitor, tem um rival que sempre traz o melhor de você? Comente conosco!

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