Professor Zé Beleza celebra festa e comenta a difícil arte de graduar um aluno

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Professor Leão Teixeira gradua aluno na Escola Americana, em sua festa de fim de ano. Fotos: Kazuo Yokohama/Divulgação.

Professor Leão Teixeira gradua aluno na Escola Americana, em sua festa de fim de ano. Fotos: Kazuo Yokohama/Divulgação.

O professor José Henrique Leão Teixeira, nosso GMI na Gávea, Rio de Janeiro, celebrou neste fim de 2015 mais uma temporada de muito trabalho, muitos alunos e grandes progressos em sua equipe, a Escola de Jiu-Jitsu Leão Teixeira.

A festa de fim de ano foi organizada na Escola Americana do Rio de Janeiro, e reuniu cerca de 420 alunos, de 3 anos até a categoria adulto. Eram tantos praticantes que os grupos foram divididos em faixas etárias, em quatro horários diferentes. Além da nova graduação para alguns, houve o Torneio Interno de Congraçamento entre todas as unidades da EJJLT, localizadas na Gávea, Barra da Tijuca e São Conrado. Além das medalhas, faixas novas e diplomas, foram entregues kits oferecidos pelas tradicionais Casas Granado.

José Henrique, o popular Zé Beleza, organiza também o evento Dojjo Confere, que terá mais uma edição no dia 9 de janeiro. Depois disso, nos dias 16 e 17, o professor Leão Teixeira realiza mais um de seus cursos para especialização em treinamento de Jiu-Jitsu infantil. Interessados devem buscar mais informações no site JiuJitsuEscola.com ou no email contato@jiujitsuescola.com.

Aproveitamos a grande festa para investigar com o professor sobre os mistérios e peculiaridades ao se graduar um aluno no Jiu-Jitsu, ainda mais em tantas faixas etárias diferentes.

Alunos da escola Leão Teixeira no torneio interno de fim de ano.

Alunos da escola Leão Teixeira no torneio interno de fim de ano, na Gávea.

Zé Beleza conversou longamente sobre o tema, e dividimos os melhores ensinamentos a seguir, em tópicos.

1. “O critério principal para nós na Escola de Jiu-Jitsu é o aluno ter aprendido as posições básicas de cada fundamento exigido no programa. Cada faixa, claro, tem seus requisitos. Tudo dentro do treinamento de defesa pessoal e Jiu-Jitsu esportivo”, explica.

2. “Nossa avaliação, sempre criteriosa, é ajudada por um ranking interno que computa pontos e soma com a presença e assiduidade do aluno. É um sistema para todos os praticantes, de 3 anos para cima. Há ainda uma avaliação prática para os pequenos realizada no meio do ano na presença dos pais, desafios do ranking realizados durante as aula e exames técnicos no mês de outubro. No fim do ano, todos os pais e alunos adultos recebem uma pasta com as regras de graduação de cada faixa, diplomas e uma avaliação individual de cada aluno, feita pelos professores. Assim os pais podem avaliar todos os resultados dos alunos ao longo do ano e entender as características e desafios individuais da criança”, acrescenta Leão Teixeira.

3. “O grande mestre Helio Gracie já repetia: não existe mau aluno, existe o mau professor. Entendemos que alunos que não evoluem tecnicamente não o fazem por falta de jeito ou de vontade, mas sim por uma certa falta de atenção dos mestres. É duro ser professor de Jiu-Jitsu de fato, daqueles que ficam de olho em todos os treinos, que passam pelo meio do dojô apontando as falhas individuais. Mas é a boa didática, o modo atencioso de ensinar, que vai facilitar a graduação no futuro”, resume.

4. “A graduação, a nova faixa, não pode ser vista como um presente. Ela é uma responsabilidade para o aluno. Quando você dá uma nova faixa, ou um quarto grau para um faixa-roxa, por exemplo, o professor está claramente sinalizando um novo patamar para o aluno. Um quarto grau pode significar: sua hora de treinar com os mais duros está chegando, dedique-se um pouco mais para fazer frente aos mais graduados. Uma nova faixa é sinal de que ele vai precisar aguentar mais pressão, e tem gente que nem quer isso, quer ficar na zona de conforto. Já vi muitos casos assim, como aqueles faixas-roxas que gostam de ficar ali apertando os marrons sem muita responsabilidade. Mas cabe ao mestre fazer o aluno subir o degrau, sair da zona de conforto mental dele, e buscar novas técnicas, novas opções de posições, novas formas de se defender”.

5. “Existem muitos e muitos alunos que vão se graduando, vão avançando, mas demoram a ganhar a faixa-preta no fim. Isso ocorre pelas mais variadas razões, mas um aspecto que o professor deve reparar é que muitas vezes isso decorre de falhas anteriores de didática e ensino. Por exemplo: o cara é duro, assíduo, bom caráter, mas na hora de treinar determinada posição manteve um vício e desenvolve o golpe de forma errada. Esses pequenos vícios vão se acumulando, e quando ele chega à faixa-marrom são complicados de ajustar, e ficam mais evidentes. O ideal é corrigir o problema na raiz. E o melhor jeito é parar o treino de qualquer aluno, e apontar a falha na hora, ensinando. Digo algo como ‘Parou, vamos voltar essa posição. Deu certo mas não é assim que você deve fazer, pois faltou fazer este movimento básico aqui, e num nível superior de Jiu-Jitsu isso provavelmente não vai funcionar e vai trazer problemas para o seu jogo’”.

E você amigo, leitor? Conquistou nova graduação neste fim de ano? Comente com a gente.

A molecada se divertiu e ainda levou presentes na festa de graduação de Zé Beleza, em 2015.

A molecada se divertiu e ainda levou presentes na festa de graduação de Zé Beleza, em 2015.

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