Mundial 2015: o tetracampeão Leandro Lo e a arte de deixar os rivais leves

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Leandro Lo no Mundial 2015

Leandro Lo trabalha a passagem contra Tarsis: um ouro e um bronze no Mundial 2015.

É sempre complicado armar uma chave de campeonato de Jiu-Jitsu com a fera Leandro Lo. “Pô, não me bota desse lado aí, não véio, esse cara é meu amigo. O outro aqui também, treinamos juntos”, costuma dizer o craque da Cícero Costha. Pudera, Lo é querido por todos e gosta de treinar com atletas de várias equipes, assim como com os Miyao e outros companheiros.

Pois a mente aberta e os intercâmbios parecem estar cada vez mais produtivos. Quem assistiu, ao vivo ou pelo site da IBJJFTV, os combates de Leandro Lo no sábado, 30 de maio, pelo absoluto, desconfiou logo que dificilmente o lutador deixaria de vencer seu quarto Mundial de Jiu-Jitsu.

Inscrito na divisão dos meio-pesados, para chegar um pouco mais forte para o absoluto, o frenético Lo começou sua campanha no Mundial da IBJJF com as raspagens indefensáveis de praxe – e no fim, após sete lutas, só perdeu para o campeão mundial de 2015, Bernardo Faria.

No aberto, o aluno de Cícero Costha começou vencendo a batalha de raspagens contra Paulo Tarcísio (Checkmat) por 9 a 4. Em seguida, protagonizou uma das melhores lutas do dia, ao superar Keenan Cornelius (Atos) por 8 a 6, após resistir a um triângulo sufocante encaixado pelo americano.

Mas havia Bernardo Faria no caminho, na semifinal. Lo não obteve espaço para fazer das suas, e acabou tendo a guarda passada e batucou no braço, ficando com o bronze.

No mesmo dia, Lo se fez e já estava bem-humorado de novo, ao golear o fortíssimo Inácio Neto por 12 a 0.

No domingo, Leandro prosseguiu com sua arte de deixar os oponentes mais leves. Suas alavancas despacharam o novato Matheus Diniz (4 a 0) e Renato Cardoso (16 a 2). Faltava ainda a final, mas o público já ovacionava Lo e suas raspagens e passagens de guarda fulminantes.

Do outro lado da chave, o campeão mundial de 2010 Tarsis Humphreys mostrou que está de volta, ao despachar Julien Cazier, Rodrigo Fajardo (7 a 2) e Guto Campos (6 a 4), no finzinho da semifinal.

Cheio de gás, Lo deu seus pulos, bateu a mão com Tarsis e em segundos já puxara para a guarda e fizera o atleta da Alliance bater de costas no chão. A passagem de guarda tampouco demorou, e com 5 a 0 no placar, Lo no fim botou o joelho na barriga, 7 a 0. Tarsis não se entregou e veio para cima no fim, mas Lo defendeu a chave de joelho e aguardou o tempo terminar.

O atleta querido por todos agora é tetracampeão. Será que no ano que vem o ex-peso leve sobe mais uma vez e vem de pesado? A conferir.

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