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As lições de ousadia da “Jiujiteiros”, marca que nasce em plena pandemia de coronavírus

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“Faça algo pelo Jiu-Jitsu, pois ele tem feito muito por você”, diz Eduardo Serafini, fundador da Jiujiteiros. Foto: Divulgação.

Confira a seguir uma conversa inspiradora com Eduardo Serafini, fundador da “Jiujiteiros”, marca de fightwear que nasce em plena pandemia de coronavírus, já adaptada ao “novo normal” do mercado: empresas 100% digitalizadas, com ações promocionais inovadoras e ousadas, além de um elo de muita intimidade e empatia com o público consumidor. 

Empreender é sempre um desafio, ainda mais numa fase de pandemia. Quais são as virtudes necessárias para um empresário lançar uma marca de fightwear neste ano de 2020 (como é o caso da Jiujiteiros) e crescer em plena crise? 

Na academia do meu tio, tem uma frase muito reveladora estampada na parede: “Faça algo pelo Jiu-Jitsu, pois ele tem feito muito por você”. Essa frase tem muita profundidade para mim, pois devo muito ao esporte. A marca Jiujiteiros nasce com a finalidade de retribuir à comunidade do Jiu-Jitsu uma parte do que recebi. Vamos entregar qualidade, preço e, o principal: ter um contato próximo com os clientes e com a comunidade do Jiu-Jitsu. Percebo hoje que muitas marcas estão distantes do consumidor final, há quase um abismo entre quem cria os produtos e quem adquire o material.

Como você desenvolveu o conceito da marca Jiujiteiros? 

O nome Jiujiteiros já é conhecido por todos, a ideia é de fomentar essa comunidade com produtos de qualidade, muitas collabs (parcerias com outras marcas, de diferentes setores…), sempre com pré-lançamentos e edições limitadas, mas nunca deixando de lado a qualidade e o bom gosto.

Você criou uma estratégia bem bacana de “venda solidária” para recompensar os professores de BJJ. Fale um pouco sobre isso… 

Mais uma vez reaparece aquela frase sobre a qual falei no início, a ideia fundamental é que precisamos retribuir ao Jiu-Jitsu tudo que a arte suave faz por nós, lutadores. Nesta época tão complicada que estamos vivendo, as academias estão sofrendo muito por conta das “portas fechadas”. A minha iniciativa é bem simples: quando o cliente fizer uma compra (a partir de junho, pois ainda não temos produtos disponíveis no site da marca: jiujiteiros.com.br), 10% do valor da compra irão para a academia que o cliente indicar.  Por exemplo: um cliente entra no site e faz uma compra de 100 reais. Dez reais serão destinados (em forma de doação) para a academia ou projeto social que ele (comprador/cliente) indicar. 

Alguém da Jiujiteiros entrará em contato com o cliente que realizou o pagamento para colher as informações da academia ou do projeto social (nome, cidade, telefone, e-mail), entraremos em contato com a pessoa responsável pelo financeiro da academia ou do projeto social, pegaremos os dados bancários e esse valor (que corresponde a 10% da compra) será depositado como doação na conta da academia. Vale lembrar, que essa ação não será válida somente em tempos de pandemia, será por tempo indeterminado. Assim, a marca Jiujiteiros e seus clientes poderão retribuir um pouco para o Jiu-Jitsu e suas academias.

Em linhas gerais, qual é a sua trajetória profissional? Tanto no mundo dos negócios, como também no mundo das lutas… 

Trabalho há 20 anos no mercado de confecção e licenciamento de marcas. No Jiu-Jitsu, iniciei em 1999 e parei em 2001, retornando aos tatames em 2014 até os dias de hoje.

Quais são as lições de Jiu-Jitsu que você aplica no mundo dos negócios? E vice-versa. 

Respeito, resiliencia e autoconfianca.

A pandemia acelerou ainda mais o processo de digitalização do mercado. A Jiujiteiros já nasce adaptada a esse cenário. Fale um pouco sobre a experiência de compra dos produtos da Jiujiteiros. Como o cliente deve chegar aos produtos, efetuar a compra, receber as mercadorias, interagir com a marca…? 

A Jiujiteiros será 100% online, não teremos comércio offline. Iremos fazer fotos dos produtos de vários ângulos, as medidas serão muito bem definidas e explicadas, as mídias sociais com certeza serão um elo bem presente na comunicação da marca com o cliente, os envios serão via correios e a interação com a comunidade do Jiu-Jitsu será direta e vital, nosso pilar fundamental para a existência da marca. E a filosofia da marca jamais se afastará daquela frase escrita na parede da academia do meu tio: “Faça algo pelo Jiu-Jitsu, pois ele tem feito muito por você”.

 

 

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