Leonardo Ligeirinho relembra início no Jiu-Jitsu e ida para o Catar

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Ligeirinho treina e ensina Jiu-Jitsu em Doha, no Catar. Foto:

Do início no esporte em um projeto social no Rio de Janeiro ao cargo de professor de Jiu-Jitsu no exército do Catar, a vida de Leonardo “Ligeirinho” Rodrigues corre em paralelo com a arte suave, esporte que deu a ele a chance de ganhar o mundo.

Faixa-preta desde 2004, nosso professor GMI radicado em Doha contou, na entrevista que você confere a seguir, um pouco mais da sua história, do início no Jiu-Jitsu, da relação com o mestre Cézar “Casquinha” Guimarães e os seus planos para o futuro. Confira!

Como o Jiu-Jitsu foi parar na vida do jovem Leonardo Rodrigues?
Conheci o Jiu-Jitsu através da minha esposa Ludmila e de um amigo meu chamado Fernando. Eles eram faixas-azuis na época e me convidaram para fazer uma aula experimental no projeto do vereador Jorge Leite, com os professores Fabiano Gáudio e Anderson Raphael, alunos do mestre Casquinha. Foi meu primeiro esporte. Foi engraçado porque, no início, não gostei muito não. Queria aprender muay thai ou boxe, mas a mensalidade era cara e o Jiu-Jitsu era gratuito no projeto. Com a rotina de treinos vi que era o Jiu-Jitsu que eu precisava e me apaixonei pelo esporte.

Como foram seus primeiros passos no esporte e quais obstáculos teve que superar?
Minha adaptação ao Jiu-Jitsu foi rápida, pois era um estudioso. Anotava tudo o que aprendia num caderno e depois tirava muitas dúvidas com meus professores. Lógico, tive dificuldades. Falta de apoio para as competições, era difícil de conseguir kimonos e por ser morador de comunidade tive que quebrar algumas barreiras, além de abdicar de muitas coisas. Mas tudo isso foi combustível para vencer.

Como foi seu início na Top Brother e a sua ligação com feras como Mestre Casquinha, Davi Ramos, Karlona, Carrera e outros craques do time?
Meu início na Top Brother foi amor à primeira vista pois estava amando fazer Jiu-Jitsu. Minha ligação com meu mestre Casquinha é de pai e filho. Tomava uns puxões de orelha mais sei que eram pro meu bem. Ele me mostrou que poderia viver da luta e fui obediente a ele na caminhada. Acreditei em Deus em primeiro lugar e nele nessa missão. A ligação com Davi Ramos sempre foi de família. Fui uns dos primeiros professores dele na época do projeto social, pois quando peguei a faixa-azul já ajudava a dar aulas junto com os professores Fabiano Gáudio e Alexandre Carrera.

Com a Karla Hipólito, a Karlona, tem uma história legal. Sempre fui muito amigo dela e ela estava afastada do Jiu-Jitsu há muitos anos. Encontrei com ela um dia, engrenamos numa conversa e consegui resgatá-la de novo para o cenário do Jiu-Jitsu competitivo. Tudo que era relacionado a treinos para melhorar o desempenho fazíamos juntos. Botei na cabeça dela, junto com meu mestre Casquinha, que ela podia ser a primeira do ranking na IBJJF, e não deu outra. Graças a Deus.

Como foi o convite e a ida para o Catar? Como é a vida e os treinos por aí?
O Davi Ramos me falou que aconteceria esse projeto em Doha, capital do Catar, e perguntou se eu queria participar dessa seletiva. O Fernando Tererê, por eu sempre treinar com ele, também citou o meu nome para esta seletiva. Ela aconteceu na academia do Alexandre “Gigi” Paiva, e nela estavam o Fabrício Moreira e alguns xeiques do Catar. Da seletiva saiu o primeiro grupo para trabalhar neste projeto. A vida no Catar é bem tranquila. Minha rotina é trabalho, treino e casa. Estudo Inglês e Jiu-Jitsu todos os dias. Visito os pontos turísticos do país com a minha esposa Ludmila e, nas folgas, faço muitos drills com o Isaque Paiva, Rodrigo Akillis e Bruno Melo. Continuo aprendendo muito com todos meus companheiros de trabalho, no Jiu-Jitsu e na parte de defesa pessoal, já que hoje trabalho para o exército do Catar. Deus e o Jiu-Jitsu mudaram minha vida e da minha família. Sou muito grato.

Quais serão seus próximos passos? Pretende fincar ainda mais as raízes no oriente? Tem projeções para voltar pro Brasil? Como você imagina o seu amanhã?
Sempre procuro ter orientação de Deus em tudo que faço. Da minha vontade, quero aprender mais com meus companheiros de trabalho e de treino. Pretendo aprender mais da cultura árabe. Planejo voltar para o Brasil no futuro. Tenho minha família, filhos, netas e amigos. Quero retribuir o que Deus e o Jiu-Jitsu fazem por mim e minha família.

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