Pablo Silva e o triângulo em Esquisito: “Esperei o erro dele”

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Pablo Silva na final dos plumas com Carlos Esquisito no Brasileiro 2013

Pablo Silva na final dos plumas com Carlos Esquisito, durante o Brasileiro de Jiu-Jitsu 2013. Foto: Rafael Carvalho

Se você fosse o faixa-preta peso-pluma Pablo Silva (Gracie Barra BH), o que mais ia querer da carreira? Pablo, afinal, coleciona medalhas de ouro no Brasileiro, Europeu, Asiático e no Mundial de 2010.

Pablo, no entanto, sabe que honras passadas não valem mais nada. O que ele quer, agora, é retomar a melhor forma e voltar ao topo da categoria no Mundial, no fim de maio.

Começou bem, com o ouro dos plumas no Brasileiro de Jiu-Jitsu 2013, no último fim de semana, em Barueri, São Paulo. O título veio com um triângulo, na acirrada final contra Carlos “Esquisito” Holanda (CheckMat). O mineiro comentou o feito com GRACIEMAG. Confira:

GRACIEMAG: Você foi campeão brasileiro pela primeira vez em 2009, e quatro anos depois volta a vencer. O que mudou de lá para cá?

PABLO SILVA: Eu fui morar com meu mestre (Vinicius Magalhães) “Draculino” no Texas, onde pude aprender muito com ele, mas eu estava treinando menos por lá. Agora estou no Brasil há seis meses, voltei ao meu ritmo de treino forte na Gracie Barra em Belo Horizonte. Treinei muito forte para o Brasileiro e sabia que chegaria bem. Sempre estou corrigindo meus erros nos treinos com meu professor e os companheiros de treino.

Na final, seu triângulo no Carlos Esquisito teve algum detalhe interessante?

Fiz quatro lutas no Brasileiro, e ganhei três por finalizações. Estava embalado. Na final eu estava ganhando por 2 a 0, e esperei o erro do Esquisito para fechar o triângulo, aos seis minutos de luta. Fiquei muito feliz, ainda mais porque o Esquisito é um competidor muito duro, um campeão mundial que está sempre nas cabeças na categoria.

Você tem um ouro mundial, mas hoje o pluma vem sendo dominado pelo Gui Mendes (Atos). Você debate com o Draculino e com seu parceiro Samuel Braga alguma estratégia para tirá-lo do trono?

Sempre estudamos muitas posições, para que na hora da luta saia com perfeição. Mas não estudamos um jogo específico. O Gui Mendes é um atleta muito duro, só que há outros competidores duros também. Acredito que em Mundial de Jiu-Jitsu nunca exista um favorito. Vai vencer quem estiver mais bem preparado. Hoje tenho um ótimo preparador físico, tenho ótimos amigos de treino em BH e acredito que estou em minha melhor forma. Só estou aguardando o passaporte chegar para me inscrever no Mundial 2013, na Califórnia.

Vencer o Brasileiro é ótimo, claro. Mas como não deixar que a euforia atrapalhe a caminhada para o Mundial? Você analisa defeitos mesmo durante as vitórias?

Acabou a festa, agora é treinar ainda mais forte. Vou sempre com a minha estratégia: não errar nas competições. A galera de BH treina muito forte, e queria aproveitar para agradecer a GRACIEMAG. A gente precisa muito de vocês e dessa divulgação.

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