Exclusivo: Charles do Bronxs comenta desafio e deixa lições para ser um vencedor

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Charles do Bronxs vibra após encarada na pesagem cerimonial do UFC 274 — Foto: Chris Unger/Zuffa LLC

Charles “do Bronxs” Oliveira estará em ação no UFC 289, a ser disputado no dia 10 de junho, em Vancouver, no Canadá. O brasileiro terá pela frente Beneil Dariush – quarto colocado no ranking do peso leve – na luta co-principal do evento. Charles encara o desafio como oportunidade de voltar à rota do cinturão e confia em seu poder de fogo para triunfar.

“O importante é eu lutar feliz e ousado. Quero muito a vitória e vou buscá-la a todo momento. Ele é um faixa-preta de alto nível, mas acredito no poder de fogo das minhas mãos. Sou um lutador de MMA, completo, e estarei pronto para tudo”, comentou Charles, o maior finalizador da história do UFC, com 19 submissões.

Em bate-papo exclusivo com a equipe do GRACIEMAG.com, Charles do Bronxs analisou o duelo contra Beneil Dariush, relembrou seu começo no Jiu-Jitsu e listou os motivos que o ajudaram a furar a bolha do MMA e brilhar no Ultimate. Confira!

GRACIEMAG: Como você analisa o duelo contra o Beneil Dariush?

CHARLES DO BRONXS: O Dariush merece todo o respeito, vem numa sequência de oito vitórias e é um faixa-preta de uma grande equipe. Também tenho muito respeito pelo Rafael Cordeiro, que já foi um dos líderes da Chute Boxe, mas chegou o momento que todos queriam. Essa luta deveria ter sido realizada há algum tempo e vamos ver o que vai acontecer. O importante é eu estar feliz, ousado e andar para frente, 100% ligado. Como disse anteriormente, tenho total respeito por ele, mas quero a vitória para me tornar campeão novamente. E vou fazer acontecer. 

Você já percebeu alguma brecha no jogo do Dariush?

Todos nós temos brechas, somos seres humanos. Assim como eu, ele já foi nocauteado ou finalizado. Quero muito a vitória e vou buscá-la a todo momento. Ele é um faixa-preta de alto nível, mas acredito no poder de fogo das minhas mãos. Sou um lutador de MMA, completo, e estarei pronto para tudo.

Qual é o seu maior diferencial em relação ao adversário?

Acredito que não há um grande diferencial, o vencedor será aquele que estiver mais preparado. Sou o maior finalizador da história do UFC e também tenho uma trocação boa, se eu estiver feliz tudo vai acontecer. Vou escrever uma nova página na minha vida e vou buscar aquilo que já foi meu – eu tenho o sonho de me tornar campeão novamente.

Você acha que uma eventual vitória sobre o Dariush já te credencia para a disputa de título?

Meu foco no momento é o Dariush, mas se eu vencê-lo, serei o próximo desafiante, não tem como ser diferente. No entanto, preciso focar em uma luta de cada vez.

O quão importante esse tempo afastado das lutas foi importante para você se restabelecer?

Eu precisava disso. Desde os meus 12 anos, estou nessa maratona de treinos e lutas em busca de um sonho gigante, que era ser lutador do UFC. Quando fui contratado, me dediquei bastante para me manter no Ultimate. Desde então, não tive um respiro. Então poder descansar para voltar 100% foi essencial para mim. Agora, estou de volta aos treinos junto com a minha equipe e com a minha família, me sinto feliz. Tenho uma luta muito importante pela frente e, com certeza, a minha estrela vai brilhar mais uma vez. 

Que estratégias você e sua equipe adotam para se reerguer após a derrota?

O importante é entender que somos lutadores e termos a noção de que nada é para sempre. Uma hora ou outra, vamos tropeçar. O campeão é aquele que sabe se reerguer e dar volta por cima. Esse é o lema que carregamos na Chute Boxe. Sabemos que uma hora vamos errar e o adversário pode sobressair. O que importa é manter a cabeça no lugar e seguir focado. 

Como começou a sua história no Jiu-Jitsu?

Comecei a treinar aos 12 anos porque meus pais me introduziram no esporte para que eu pudesse prosperar na vida. Me apaixonei pelo Jiu-Jitsu desde o começo e Deus me abençoou com várias conquistas. Depois, migrei para o MMA, porque percebi que era mais rentável e eu precisava do dinheiro para ajudar a minha família.

De que forma a sua história e a sua personalidade te ajudaram a furar a bolha do MMA?

Eu mantenho meus pés nos chão, continuo humilde e não deixei de frequentar as favelas. Nunca precisei usar nenhuma droga ou fazer algo de errado para tirar vantagem, a minha história fala por si só. Como vivi boa parte da minha vida em comunidade, conheço toda a parte errada que existe lá, mas escolhi o lado certo, graças a Deus. Sou a mesma pessoa humilde e respeitosa de quando comecei, e o meu jeito me levou muito longe e vai me levar mais ainda.

Como você lida com a responsabilidade de inspirar jovens lutadores?

Sonhei com isso durante toda a minha vida, queria ser espelho para as pessoas. Tenho uma responsabilidade gigante hoje em dia, não posso errar. Mas é uma responsabilidade boa, que me deixa feliz por saber que há pessoas que se inspiram em mim. 

 

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