Como escapar da surra de uma multidão em fúria, com Bolão & Carlson Gracie Jr

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Sérgio Bolão observa a lição de Carlson Gracie Jr, de kimono branco: décadas de peripécias e aventuras. Foto: Divulgação

Sérgio Bolão observa a lição de Carlson Gracie Jr, de kimono branco: décadas de peripécias e aventuras. Foto: Divulgação

Em maio do ano 2000, a edição nº 40 de GRACIEMAG inovou com uma seção leve e divertida, intitulada “Nas internas”. Por lá, todo mês uma fera do mundo do Jiu-Jitsu era escolhida para contar um causo, sagas inacreditáveis e episódios hilários, por vezes recheados de suspense, tensão e, quase sempre, com final feliz.

A primeira peripécia foi um sucesso estrondoso, e foi apurada pelo jornalista JP Santos. Os personagens eram os professores Sérgio Souza, o popular Bolão, e Carlson Gracie Junior.

Quem narrou foi Bolão:

“Lá pela década de 1980, fui com o Juninho, filho do Carlson, para Cabo Frio, na Região dos Lagos, no Rio. Fomos de chevette com uns amigos. Certa noite, estava jogando fliperama na cidade quando apareceu um molequinho e deu um chutão na minha máquina, para dar tilt e me fazer perder a ficha. O jogo travou e fiquei muito puto, fui lá pagar um esporro nele”.

Foi quando o jogo virou, como contou o hoje faixa-coral:

“De repente, ele deu um assobio e do nada surgiram 20 parceiros dele, já nos cercando para intimidar. Chegaram botando o terror e vimos logo que era uma gangue local, e que estávamos na iminência de ser juntados sem dó.”

O maior cara da numerosa turma ficava fitando Sérgio, encarando de modo ameaçador. Foi aí que a arte de pensar rápido, a sagacidade Gracie, entrou em ação:

“Foi aí que o Juninho, muito malandro, agiu rapidamente e começou a gritar:

– Vocês não sabem quem é esse aí? É o Bolis Gracie! O Bolis Gracie, porra, campeão de vale-tudo do Rio de Janeiro. É o Bolis Gracie!”

Bolão viu que os caras se surpreenderam e pegou a deixa:

“É isso aí, sou o Bolis mesmo, eu disse, e já fui crescendo para cima do grandalhão deles. Acabou que eles ficaram inseguros, começaram a entrar no clima do deixa-disso e nos deixaram ir embora. O mais engraçado é que, muitos anos depois, estava passeando por Cabo Frio de novo, e um cara me parou na rua:

– Pô, eu te conheço. Você não é o Bolis Gracie?”

 

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