Cara de Sapato e Alexander Trans: lições das feras antes do Brasileirão

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Cara de Sapato comemora a vitória sobre B Faria. Foto: Ivan Trindade.

Neste sábado os faixas-pretas já entram em ação nas áreas de luta do Grajaú Country Club, no Rio de Janeiro, nas disputas do absoluto. Entre os favoritos aparece a dupla da CheckMat Antonio Carlos “Cara de Sapato” e o dinamarquês Alexander Trans. Ambos treinaram juntos para o evento ao lado do professor Helder Bob Esponja, em JoãoPessoa, e prometem fazer barulho. Confira o bate-papo das feras com o GRACIEMAG.com:

1 – Como foram os treinos?

SAPATO: Muito sinistro, só  levei amasso da galera aqui! Foi muito bom rever os amigos de treino depois de uma temporada fora e ver o quanto eles evoluíram!

TRANS: Vim para João Pessoa para treinar com o Bob Esponja e todos os caras daqui. Estou com a galera desde janeiro e vou ficar até o Mundial. O treino aqui é ótimo e tem grandes faixas-pretas. Bob é um excelente professor. Adoro isso aqui, agora sou meio gringo, meio Paraíba!

2 – Como foi esse treinamento?

SAPATO: Fizemos muito específico das posições que a gente vai fazer nos campeonatos e discutimos bastante sobre os ajustes de cada uma delas!

TRANS: Trabalhei para ficar mais confortável na guarda aberta, tentando melhorar o meu movimento de quadril. Todos os caras aqui têm um jogo rápido e solto, os caras grandes também. Bob está gastando um tempo para corrigir os meus erros nas posições que eu gosto porque estamos perto das grandes competições.

Trans quando venceu no Europeu. Foto: Ivan Trindade.

3 – Qual a dica nessas posições que vocês podem passar para os nossos leitores?

SAPATO: É buscar sempre os ajustes das posições e fazer muitas repetições para ficar com elas sempre no tempo e se sentir confortável em cada uma delas!

TRANS: Sempre treinar o básico. Se você olhar para todas as situações no Jiu-Jitsu, moderno ou não, vai ver ali o conceito básico. Mantenha-se justo, tente ficar confortável, use as alavancas corretamente e tente entender mais sobre equilíbrio. Um conselho importante é saber o que fazer contra um faixa-preta, quando qualquer engano é o suficiente para perder.

4 – Qual o objetivo de ambos agora?

SAPATO: Vamos atrás do Brasileiro e Mundial, peso e absoluto na faixa-preta!

TRANS: Agora luto o Brasileiro e o mundial. Tive um início ruim na faixa-preta. Não sou um cara tão talentoso, tenho que trabalhar duro para melhorar e acho que, por isso, os resultados ainda vão demorar um pouco para acontecerem. É difícil muitas vezes lutar sozinho, sem ninguém para te dizer o tempo… Dessa vez terei meus amigos comigo e não vou deixar ninguém tirar o meu foco novamente.

5 – Cara de Sapato, fale sobre a campanha em Abu Dhabi…

Fiquei em terceiro lá em Abu Dhabi, perdi para o Xande no peso e empatei com o Galvão no absoluto e deram a vitória para ele. Mas, apesar de tudo, fiquei feliz por ter lutado com eles, afinal eles já eram ídolos no esporte desde que eu comecei a treinar Jiu-Jitsu! Mas achei que não lutei bem, talvez por ter sido muito em cima do Pan e as viagens também me deixaram muito cansado. Estava mais cansado do que quando lutava 10 minutos! Achei que a organização do evento também falhou muito, o que terminou atrapalhando todos os atletas!

6- O que vocês mais treinaram na vida?  Podem deixar algumas dicas dessas posições para os nossos leitores?

SAPATO: Sempre variei muito meu jogo dentro das guardas e hoje tenho treinado muito o berimbolo. Mas acho que o importante é você ajustar bem o que faz para se sentir confiante e confortável em cada posição!

TRANS: Gosto de jogar na meia-guarda. Acredito que o importante é deixar a sua cabeça perto dos quadris. Quando fico com a cabeça perto dos quadris do oponente na meia-guarda, me sinto mais confortável, fica difícil de ser pressionado. Jamais deixe abraçarem a sua cabeça.

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