“É hora de eu me preocupar com os alunos, não comigo”

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Rominho usou garras e dentes no Mundial 2011. Foto: John Lamonica.

No último Mundial, em junho, Romulo Barral, 28 anos, intrigou muitos e emocionou outros tantos ao deixar seu kimono e a faixa no dojô, enquanto saía da área de lutas derrotado (por uma queda) na final dos meio-pesados, contra Serginho Moraes (Alliance).

Colecionador de títulos, o professor da Gracie Barra radicado em Los Angeles demonstrou com o gesto estar com o corpo cansado para mais batalhas. Após umas semanas refletindo e fazendo o que mais gosta, que é ensinar seus alunos, dos anônimos ao ator figuraça Kevin James, Rominho falou com o GRACIEMAG.com. E deu a boa notícia: vai voltar a lutar, sim, se as competições não ficarem no caminho de sua meta maior. Confira.

Você parou mesmo?

Parar de vez é difícil demais, né. Eu na verdade estou pensando em dar um tempo nas competições, focar em outras áreas. Não foi nada que tenha rolado especificamente neste último Mundial, eu já estava pensando nisso há muito tempo. Hoje estou focado em outras coisas, mas ano que vem, se eu conseguir treinar sem precisar viajar todos os dias, quem sabe eu não dou as caras para fazer uma força, né. Mas é aquilo, não é mais meu foco principal.

Qual é seu foco então? As aulas? Uma eventual carreira no MMA, em que você tem duas lutas, duas vitórias?

Olha, estou muito feliz mesmo dando aulas. Eu ensino há muito tempo já, mas agora a coisa é diferente. Meu foco maior hoje é passar tudo o que aprendi, agora é hora de eu me preocupar com meus alunos, e não comigo mesmo. Já tive meu momento, quando eu era competidor e professor. Agora sou professor principalmente. Claro que competidor serei o resto da minha vida, porque está no sangue – sempre estarei treinando, sempre vou estar pronto para um confere. Mas MMA ficou bem distante, não, não penso em lutar no momento.

Qual foi seu momento mais feliz de kimono? E o mais desagradável?

O mais marcante foi quando recebi minha faixa-preta (em 2005, com 22 anos). Desagradável? Não tive nenhum. Perder, machucar, erro de árbitro, tudo isso faz parte da jornada. Então não tive nenhum momento desagradável, prefiro considerar tudo um aprendizado. Desagradável é uma palavra muito negativa.

Falando em erro, você acha que a arbitragem influiu na sua luta com o Serginho, na final do Mundial meio-pesado?

Não gosto de falar de arbitragem. Não sei se teve erro ou não, mas se houve já era. Não estou preocupado com isso. Parabéns ao campeão.

A Alliance venceu o Mundial 2011, por equipes, por larga vantagem. Você vê a GB se preparando bem para tomar esse trono nos próximos anos, com talentos como seu faixa-roxa Felipe Pena, o jovem irmão de Augusto “Tio Chico” que surpreendeu e foi campeão absoluto?

Sim, o Felipe vai vir com tudo na preta em pouco tempo, podem esperar. Ele pode ser um excelente exemplo para a nova safra treinar ainda mais duro e vir com tudo para bater de frente com qualquer time. A Alliance está com um time muito forte e focado nas competições, está de parabéns. Mas sempre acredito na GB como a grande fábrica de campeões que é, e tenho certeza que a equipe voltará para seu trono.

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