O número 14 parece perseguir Anderson Silva. Com a vitória sobre Okami no sábado, ele chegou a 14 vitórias consecutivas no UFC. Foi no dia 14 de outubro, em 2006, que ele conquistou o cinturão que não perdeu mais. E, no UFC Rio, sua luta levou a Rede TV! a ficar à frente da toda poderosa Globo no Ibope por valiosos 14 minutos, com a maior média de audiência da história da emissora paulista. Numerologia ou acaso, a Globo já calça as luvas para que este último 14 não se repita.
Como publicou hoje o jornalista Daniel Castro, do R7, a Globo enfim farejou os lucros com o UFC e deve investir pesado para tirar o evento de Dana White da concorrente. A emissora paulista começou a preparar sua defesa. Seu presidente, Amilcare Dallevo Júnior., jantou com Dana White, confirmou que tem prioridade de renovação no contrato, que vence em dezembro, mas as investidas da Globo prometem ser fortes.
“A Globo já estuda a possibilidade de transmitir o UFC desde o ano passado, quando se confirmou a realização de uma edição no Brasil. Setores da emissora defendem a exibição de videotapes de lutas do UFC no programa Corujão do Esporte, exibido nas madrugadas de sábado para domingo”, informou Castro.
A ideia da Globo é pegar carona na promessa do UFC de organizar ao menos quatro eventos no Brasil, dois no primeiro semestre e dois no segundo. Pelo menos dois deles devem ser no formato UFN, com lutadores aspirantes ao show principal.
“A realização de quatro rodadas de UFC no país encarece os direitos de exibição do evento, o que favorece a Globo. Uma parceria com a Globo, por outro lado, daria maior visibilidade ao UFC, o que interessa aos organizadores das lutas”, argumenta o jornalista.
A exibição apenas das lutas finais do Ultimate faz lembrar o fim da década de 1980, quando a Globo apostou seu cacife num lutador surpreendente que agitava a audiência nas madrugadas, muitas vezes com Galvão Bueno e tudo na transmissão. Era Mike Tyson, o maior peso pesado do boxe à época.