7 perguntas para o campeão brasileiro absoluto de 2012, Nivaldo Oliveira

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Nivaldo Oliveira contra William Martins no Brasileiro de Jiu-Jitsu. Foto:Carlos Ozório/GRACIEMAG.com

O Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu tem uma escrita curiosa no absoluto. Realizado anualmente desde 1994, o torneio só viu um bicampeão absoluto na faixa-preta, Fernando Tererê (2001 e 2003). O rodízio tradicional permaneceu vivo em 2012, e o novo rei veio da CheckMat de São Paulo, Nivaldo de Oliveira Lima.

O atleta meio-pesado faturou o ouro também na categoria, e comentou sua campanha com o GRACIEMAG.com. “Ao fazer frente com os melhores, essa vitória foi um sinal forte de que meu Jiu-Jitsu está em evolução”, disse.

1. De onde veio Nivaldo Oliveira?

Comecei a treinar onde eu nasci e fui criado, no Guarujá, em São Paulo. Hoje moro em Vicente de Carvalho, bairro mais conhecido por seu antigo nome, Itapema. Quando eu iniciei no Jiu-Jitsu, tinha 16 anos, era 1999. Comecei a treinar por causa do meu irmão mais velho, na época em que Royce Gracie lutava no UFC. Minha primeira equipe foi a Integração Jiu-Jitsu, liderada pelo Mestre Elcio Figueredo. Hoje, eu treino com Rodrigo Cavaca, e lá temos uma galera muito boa, com treino de muita qualidade. Treino com o Bochecha, Palito, Baiano, Thiago Magrinho, Ingmar, Renato Cardoso, entre outros.

2. Quando seus resultados começaram a aparecer no Jiu-Jitsu?

Acho que foi no início do ano passado, quando ganhei a seletiva de Abu Dhabi em Gramado. Desde então, comecei a me sentir bem nas competições. Já tinha chegado até as finais de Campeonatos Brasileiros, só que bati na trave duas vezes. Hoje em dia me sinto mais experiente e mais seguro.

3. Qual foi o pulo-do-gato na sua carreira?

Meu pulo-do-gato foi escutar os mais experientes na academia. Vi que era possível chegar ao topo com muita ralação. Quando você vê um cara que treina ao seu lado sendo campeão mundial, você sente que está no lugar certo para ser campeão. E só depende de você, se está feliz com o que está fazendo. Se você faz algo com amor não é sacrifício nenhum. A lição é procurar fazer as coisas certas e encurtar o caminho da vitória.

4. Quantas medalhas você tem agora no Brasileirão de Jiu-Jitsu?

Eu tinha sido ouro como faixa-roxa, agora tenho os dois títulos na preta. Já fui vice na marrom e duas vezes na faixa preta, além do terceiro lugar no absoluto de 2011.

5. Qual foi a principal lição que você tirou deste Campeonato Brasileiro?

Aprendi que tenho que lutar sem muita cobrança e sim lutar porque gosto. Com vontade de competir o resultado vem naturalmente.

6. Qual é sua técnica favorita? O que você acha que faz de diferente, para o oponente não conseguir defendê-la?

Gosto muito de jogar por baixo na meia-guarda, é uma posição muito eficiente. Aprendi muito esta técnica com o Lucas Leite, ela não é uma posição assim tão vista em campeonatos, são poucos os que a utilizam, ao meu ver. A diferença desta posição são alguns detalhes e especialmente suas variações, que deixam o oponente sem defesa.

7. E agora, quais as próximas metas?

Vem o Mundial aí, o foco principal do ano, em Long Beach no fim de maio. Depois do Mundial tem a Copa Pódio, para a qual fui convidado para lutar no GP dos Médios. Agora é focar na Califórnia, o Brasileiro já ficou no passado.

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