Ouro absoluto, Léo Leite dá os macetes para vencer a luta por cima

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Léo Leite em ação no Sul-Americano 2012. Foto:Gustavo Aragão/GRACIEMAG.com.

Colecionador de ouros nos eventos da CBJJ há mais de uma década, a fera Leonardo Leite mostrou no fim de semana que continua com a pegada de alicate que o consagrou no Jiu-Jitsu e judô.

O faixa-preta de Alexandre “Gigi” Paiva venceu o absoluto e o peso pesadíssimo no Sul-Americano 2012, em Florianópolis, como você leu aqui no GRACIEMAG.com. Léo relembra a campanha.

GRACIEMAG.com: Como foi sua atuação no sábado, na sua visão?

LÉO LEITE: Eu não lutava o absoluto fazia tempo. Caí numa chave bem dura, minha primeira luta foi contra o Giderson Barros (Carlson Gracie), que foi campeão no médio. Consegui finalizá-lo no relógio. O segundo combate foi contra o Renato Cardoso, garoto muito duro e habilidoso, que vem ganhando tudo, e venci por 2 a 1 nas vantagens. Na semifinal consegui duas quedas contra o Alex Ceconi e venci por 4 a 0, fechando o absoluto com o Léo Nogueira.

E o domingo?

No domingo, no pesadíssimo, venci a primeira por finalização, novamente com um relógio, e na final lutei com o Felipe Pereira da Gracie Floripa. Eu estava vencendo por 6 a 0, quando o juiz interrompeu a luta dizendo que ele teria batido.

Que achou de entrar no absoluto e vencer? Veremos mais você no aberto nos próximos torneios?

Tomara. Para o Mundial no meio do ano tive pouco tempo de treino de Jiu-Jitsu, por causa das viagens com a seleção brasileira de judô. Tive apenas três semanas para treinar Jiu-Jitsu, e fiquei com a prata no pesadíssimo, após final com o Bochecha. Depois do Mundial, eu me mantive treinando mais Jiu-Jitsu que judô, e até por isso o Gigi resolveu me colocar no absoluto, por eu ter tido mais tempo de treino para esse campeonato.

E você tinha lutado judô no início da semana, certo?

Eu lutei os Jogos Abertos do Interior de São Paulo, e tinha feito oito lutas na segunda e na terça. Por isso já sabia que precisaria dosar o gás – estava mais cansado e desgastado que os outros concorrentes. No fim deu tudo certo. Consegui as duas medalhas de ouro e também ajudar a Alliance a sair com o titulo da competição.

Como foi sua tática para a semifinal do aberto com o Alex Ceconi?

Eu sabia que ele iria querer jogar por cima, onde ele se sente melhor, então busquei fazer bem minha pegada para conseguir as quedas e ficar por cima na luta.

Qual a tática para não vacilar e cair sempre por cima no Jiu-Jitsu?

Uma coisa que faço muito e acho importante é não deixar o meu adversário fazer a pegada quando estamos em pé. Procuro sempre estourar as pegadas e impor a minha para tentar as quedas. Quando não consigo, o que tento é não deixar ele me puxar para a guarda com facilidade, sempre tento dificultar a puxada para cair numa situação que seja boa para mim. Algo que atrapalha bastante quem puxa para a guarda é sempre sacudir a gola dele.

E o relógio, um dos seus golpes favoritos? Qual seria a dica?

O estrangulamento conhecido como relógio é aplicado quando o adversário está na posição de quatro apoios. O que faço é cruzar a pegada por baixo do braço com uma das mãos; quando tenho a oportunidade troco de mão e surpreendo. E busco segurar sempre a perna para ficar com mais pressão.

Para conferir os resultados oficiais do Sul-Americano, clique aqui.

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