Léo Leite treina para o Bellator em 2020 e comenta perrengue no hospital

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Léo Leite em foto de Carlos Arthur Jr.

“As pessoas brincam que quando estou lutando, parece que o Gigi Paiva está com um controle de videogame nas mãos, porque ele fala lá de fora e eu faço lá dentro”, diz Leonardo Leite, 41 anos, o entrevistado da próxima edição de GRACIEMAG. (Assine aqui em formato digital.)

O faixa-preta da Alliance e professor do Instituto Double L, na Gávea, comentou os planos do presente, relembrou como blindou a mente ao enfrentar Zé Mario Sperry, na luta de 20 anos que lhe trouxe os holofotes, e contou com exclusividade os perrengues que passou em 2019, quando precisou se tratar por seis meses.

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GRACIEMAG: O tema da nossa edição #271 é sobre driblar o medo de competir. E você fez sua estreia no Mundial de Jiu-Jitsu, em 1999, batendo o bicho-papão Sperry numa final tensa. Como estava sua mente antes daquele desafio?

LEONARDO LEITE: Era uma mistura de nervosismo e tranquilidade. Tranquilidade porque eu era muito novo, um franco atirador ali contra ele; e nervosismo porque era o meu primeiro Mundial, não sabia o que encontraria ali em termos de ambiente. Recebi a faixa-preta uma semana antes do campeonato, das mãos do Gigi. Agora, o nervosismo e a adrenalina sempre vão existir na vida do lutador. E é isso que faz o nosso esporte viciante. Entramos lá também para vencer esse nervosismo.

Qual é o papel do córner numa estreia vitoriosa como a sua em 1999? Vale lembrar que o Gigi Paiva também acabara de ser campeão mundial peso médio ali no Tijuca…

Isso eu vejo como fundamental: é preciso uma conexão entre mestre e atleta. Uma ligação de muita confiança. E o Gigi e eu temos isso desde sempre. As pessoas brincam que quando estou lutando, parece que ele está com um controle de videogame nas mãos, porque ele fala lá do lado de fora e eu faço lá dentro.

Você agora quer voltar ao Bellator em fevereiro. Conte por favor a experiência terrível que teve em 2019, e que o levou a aprender muito sobre como manter a cabeça no lugar. Poderia comentar como foi a história da pneumonia bacteriana e como escapou?

Vivi um susto, um susto bem grande, passei até perigo de vida, foi brabo. Começou no fim de abril, quando eu comecei a treinar forte para lutar no Bellator, estava com tudo certo para lutar em julho. Eu treinava e via que o meu gás não estava aparecendo. Meu corpo doía demais, em quatro semanas de treino eu via que não estava rendendo ou evoluindo como de costume. Minha respiração estava um pouco estranha também, mas segui treinando. Até que bateu uma febre, o que na verdade foi minhas maior sorte. O corpo reagiu, três dias de febre e fui pro hospital.

A radiografia na hora revelou que meu pulmão estava estranho, e fui internado na hora num quarto isolado. Passei 15 dias ali pensando na vida. Após uma das baterias de exames, fiz uma drenagem na pleura – estava com quase três litros de líquido no pulmão. O médico explicou então que eu estava treinando com 2/3 do pulmão paralisado, só a parte pequena de cima funcionando, era praticamente lutar com um pulmão só. “Sorte que você teve a febre, pois treinar assim poderia acabar sendo fatal”, o doutor disse. No fim, foram seis meses de tratamento até a pleura voltar ao normal. Hoje estou completamente zerado, curado. E treinando normal, já já vem luta!

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