Jiu-Jitsu: O adeus ao grande mestre Candoca

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Grande mestre Candoca orgulhoso com sua faixa-vermelha. Foto: Reprodução

Texto: Willian von Sohsten*

Os tatames perdem mais uma grande referência. Neste último dia 30 de novembro o grande mestre Candido Casalle, mais conhecido como mestre Candoca, faleceu de causas naturais aos 95 anos de idade, fruto de uma vida regrada e dedicada ao Jiu-Jitsu.

Filho dos imigrantes italianos Tomas Casalle e Concheta Amaruca, Candoca nasceu em Santa Eudóxia e teve 23 irmãos. Trabalhou como peão, domador de animais e carroceiro, constituiu família e teve três filhos.

Aluno de George Gracie, o Gato Ruivo, o grande mestre Candoca foi um dos pioneiros a difundir a arte suave no interior do Estado de São Paulo.

Começou a treinar com George Gracie e João Gonçalves “Peixinho”, em Rio Claro, em 1942. Por volta de 1957, George mudou-se para São Carlos, onde fundou a academia que mais tarde ficaria sob o comando de outro aluno seu, Romeo Bertho. grande mestre Candoca foi um dos que ajudaram na mudança para São Carlos, pois na época era caminhoneiro e mecânico. Dois anos depois George resolveu expandir seu trabalho para Araraquara e após plantar os frutos do Jiu-Jitsu por lá deixou que o grande mestre Candoca ficasse como responsável pela academia local.

Candoca recebeu da Federação Paulista, aos 92 anos de idade, a maior honraria do Jiu-Jitsu a faixa vermelha de 9º grau e o título de grande mestre da arte suave, além de receber o título de cidadão araraquarense, cidade que o acolheu com tanto carinho.

Hoje os tatames celestes ganham mais um lutador de respeito e os discípulos que aqui ficaram satisfazem-se com a saudade e orgulho pelo grande mestre Candoca, que tanto fez pelo Jiu-Jitsu do interior.

*Willian von Sohsten é advogado, jornalista e faixa preta de 1° grau da equipe Cícero Costha

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