Com 3 ouros da IBJJF no peito, Ricardo Evangelista sonha com ADCC

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Ricardo Evangelista. Foto: Gustavo Aragão.

Primeiro campeão absoluto do Roma Open de Jiu-Jitsu, Ricardo Evangelista (GFTeam) conquistou também o pesadíssimo no último sábado, em Roma, na Itália. No peso, ele finalizou John Michael (Malicia) no armlock.

Já na final do aberto, Ricardo passou por Alan Finfou (CheckMat) nas vantagens. No domingo, Evangelista retornou ao ginásio Palazzetto dello Sport para a disputa do Europeu Sem Kimono e novamente finalizou John Michael no armlock para sair com ouro no pesadíssimo.

O faixa-preta da GFTeam não disputou o absoluto do Europeu sem pano, pois estava sentindo dores no pé e preferiu se poupar.

Em conversa com GRACIEMAG, Ricardo Evangelista comentou a campanha no fim de semana, falou das lições, das finalizações e destrinchou a final do absoluto contra Alan Finfou.

GRACIEMAG: Como você analisa sua atuação no Roma Open e no Europeu de Jiu-Jitsu Sem Kimono?

RICARDO EVANGELISTA: Melhor não poderia ficar, estou muito feliz com minha participação. No total fiz cinco lutas, finalizei quatro e venci uma na decisão do juiz. Por treinar mais de pano, minha grande dificuldade foi fazer as pegadas sem kimono. Porém, mantive o meu jogo por baixo e esperei o momento certo para dar o bote e sair com a vitória. Foi bastante proveitoso. Durante a categoria no Europeu Sem Kimono, eu senti o pé e preferi me poupar, e não disputei o absoluto.

Como foram as finais da categoria, ambas contra John Michael?

Nunca tinha lutado com o John e não sabia qual era o jogo dele. Puxei para a guarda e comecei tentando raspar, consegui desequilibrar mas não consegui subir para ganhar os pontos. Na segunda tentativa de raspagem ele apoiou o braço no chão, foi aí que consegui finalizar com um armlock. No Europeu Sem Kimono, tentei estudar um pouco a luta no alto, mas puxei para a guarda-borboleta. No momento em que pensei em girar para as costas dele, senti que o braço dele estava na posição certa do armlock. Dei um tiro certo no braço e saí com a vitória.

No absoluto do Roma Open você mediu forças com Alan Finfou, da CheckMat. Como revê a luta?

O Alan Finfou é um cara muito experiente e um atleta bem perigoso. A luta começou amarrada, eu sabia que não poderia errar. Nos minutos finais consegui aplicar uma chave omoplata e tentei raspar, só que ele defendeu muito bem. Voltei para a posição inicial e continuei tentando raspar, mas não consegui. A luta terminou empatada nas vantagens, já que ele havia me desequilibrado um pouco numa entrada de queda, mas venci na decisão do juiz. Achei bem legal ter lutado com ele, um fato até engraçado foi quando Finfou estava lutando a categoria e eu torci para ele. Até dei alguns gritos de incentivo e deu certo [risos]. Ele se sagrou campeão no meio-pesado. Depois, lá estava eu contra ele na final do absoluto.

Qual é o saldo após três medalhas de ouro em dois eventos da IBJJF?

Vou continuar treinando da forma certa, com os pés no chão, pois nada é impossível, basta acreditar em si mesmo. Estou na expectativa de receber um convite do ADCC, já até sonhei com isso! Toda hora olho meu e-mail, espero que esse título possa me dar um convite para o ADCC na China, em outubro.

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