Ele viu tudo de perto e está pronto para voltar

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Murilo Bustamante parte para a Austrália no 8 de julho. Lá, se aclimata para o desafio no Impact FC, onde enfrenta Jesse Taylor. Sem combater há mais de dois anos, o lutador está confiante. 

Murilo viveu toda a evolução do MMA. Em 1991, lutou no memorável desafio Jiu-Jitsu x Luta Livre, sem luvas e com regras que permitiam até cabeçadas. Foi campeão do UFC, já em regras mais definidas, e lutou no Pride quando este era o maior evento.

Bustamante bateu um papo com o GRACIEMAG.com. Confira: 

Murilo contra Yoji Anjo no UFC 25. Foto: Susumu Nagao

Qual é a sensação de voltar a lutar?   

Está tudo ótimo. A parte mais dura do treinamento acabou e estou preparado e confiante, do jeito que eu queria. Estou amarradão, muito feliz por essa oportunidade de subir no ringue. Queria isso há muito tempo e só posso aproveitar esse momento. Não tenho nada mais além disso para falar, É só felicidade. 

Acha que o tempo fora de ação pode atrapalhar? 

Com certeza o tempo sem subir no ringue atrapalha e devo sentir isso. Mas vou tentar compensar com a experiência. Estou em forma, muito bem preparado para a luta. Consegui atingir os índices que estava esperando. Tenho que lutar de forma inteligente e compensar com a experiência.  

 
 

Campeão do UFC. Foto: Susumu Nagao

O Taylor foi finalizado recentemente pelo Thales Leites. O Jiu-Jitsu deve ser o seu caminho também?   

O Jiu-Jitsu é sempre o caminho. Se tiver a chance de utilizá-lo, é sempre o melhor jeito, ainda mais de quem vem dele, como eu. Mas treinei bastante boxe e wrestling. Ele lutou com o Thales e não sei como ele vem dessa vez. Ele teve uma experiência ruim com o Thales, cometeu um erro e bateu. Então ele deve estar precavido. Estudei o jogo dele e estou preparado para qualquer posição, em pé, por cima ou por baixo. Luta é luta e eu me preparei. 

Você concorda que o público gosta mais do nocaute e da trocação? O que acha de lutadores de Jiu-Jitsu que buscam a trocação nas lutas? 

Acho que luta boa é luta boa, não importa se é no chão ou em pé. Uma luta movimentada no chão é muito boa. Algumas pessoas preferem a trocação e o nocaute, mas acho que é gosto. O público no Japão e no Brasil entende chão há muito tempo e nos Estados Unidos já entende também. Quanto aos lutadores de Jiu-Jitsu optarem pela trocação, não é muito inteligente. É lógico que o MMA não é Jiu-Jitsu, mas temos que utilizar o que sabemos de melhor. Mas há lutadores que se sentem bem em pé, então é uma coisa muito particular. 

 
 

Murilão na capa da GRACIEMAG

Você está com 43 anos, pensa em lutar por mais quantos anos? 

Não sei, é uma pergunta difícil. Antigamente, achava que com 30 iria me aposentar. Cheguei nos 43 e ainda tenho vontade de lutar. É uma mistura da vontade com a capacidade de dar índice no treinamento. Para esta luta, não treinava desse jeito há dois anos, quando o evento que ia lutar foi cancelado. Não sabia o nível que iria alcançar. Mas, no final de tudo, estou bem satisfeito. Isso me deixou confiante e vamos ver como vou me adequar. Estou motivado, preparado e confiante, basta ver como isso vai se sair diante da falta de ritmo. 

Confira o combate histórico entre Murilo Bustamante e Marcelo Mendes, no desafio contra a luta livre, em 1991: 

http://www.youtube.com/watch?v=fJfA4LI_GEs

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