Copa 2014: Rorion Gracie e a arte de manter o equilíbrio nas derrotas

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Rorion Gracie. Foto: Foto: Divulgação/TV Globo/Programa Altas Horas

Rorion Gracie deixou algumas lições sobre a derrota do Brasil. Foto: Foto: Divulgação/TV Globo/Programa Altas Horas

Neste sábado, 12 de julho, o selecionado do Brasil se despede de forma melancólica da Copa do Mundo que tão bem organizou em seu país, com a disputa do terceiro lugar, contra a Holanda.

A goleada sofrida na semifinal, pelos pés da Alemanha, se tornou tão dura de digerir que ainda cala fundo na mente dos fãs do futebol – em especial os mais jovens. O escritor Luis Fernando Verissimo, genial cronista, chegou a sugerir que até um 10 a 1 seria menos traumático para a nação. (Releia aqui.)

No último dia 9, Mestre Rorion Gracie, em sua página no Facebook, também procurou aliviar um pouco o torcedor atormentado pela lavada do dia anterior. Em seu texto, o professor carioca radicado na Califórnia relembra os nobres ensinamentos de seu pai, Helio Gracie, sobre como aceitar derrotas, mesmo as mais inexplicáveis.

GRACIEMAG organizou as melhores lições em forma de cinco tópicos, para o leitor tirar proveito – seja ele um praticante de Jiu-Jitsu, um treinador ou um jogador de futebol de cabeça inchada. Curta e comente!

1. Meu pai, grande mestre Helio Gracie, sempre me orientou na busca do equilíbrio, do controle emocional: “Depois da tempestade vem a bonança”, “As coisas nunca são tão ruins como imaginamos”, “A gente pode não entender na hora, mas todas as desgraças acontecem por uma boa razão”, e por aí afora.

2. Antes das nossas lutas, ele lembrava que em caso de vitória não havia necessidade de uma celebração exagerada. E dizia: ” Se você vencer ganha $5, se perder ganha $10″.

3. Certa vez, durante uma competição, quando um dos meus filhos perdeu uma luta e foi querer se explicar, o “velhinho” cortou: “Estou com fome, vai buscar um sanduíche”.

4. Numa família prolífera como a nossa, cansei de ouvir: “Devemos encarar um nascimento com a mesma naturalidade que encaramos a morte de um ente querido”. Por isso, quando ele partiu, a exemplo de alguns países do Oriente, dei uma festa para celebrar sua vida, em vez de chorar sua morte.

5. Ao assistir à derrota do Brasil, fiquei perplexo com o total descontrole emocional da população. Lágrimas inconsoláveis, desespero geral, tristeza nacional. “O sonho acabou!”. Para o povo, uma vitória na Copa seria uma dose de ilusão, para apenas temporariamente aliviar a nossa dor. Sinto que nossos valores estão totalmente deturpados.

E para você, o que a derrota da seleção representou, amigo leitor?

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