Cara de Sapato vence seletiva e a síndrome do pânico

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Antonio Carlos busca o triângulo. Foto: Carlos Ozório.

Antonio Carlos, conhecido como Cara de Sapato, foi uma das apostas do GRACIEMAG.com a figurar entre os destaques da faixa-preta nesta temporada. O caminho não está fácil, mas o lutador da CheckMat já conseguiu os primeiros resultados expressivos. Na Seletiva do World Pro em Natal, no último fim de semana, o aluno de Helder Bob Esponja, na Paraíba, venceu no peso acima de 92kg. Mas, nesta temporada, Antonio teve de superar um adversário maior: o trauma pela morte de um grande amigo.

Confira o bate-papo com o GRACIEMAG.com:

O que achou da participação na competição?

O campeonato foi bacana, com o nível bom. Teve muita gente daqui do Nordeste. Aqui temos poucas competições, e teve uma galera daqui de nível muito bom. Mais uma vez fui campeão e estou bastante feliz. Lá em Abu Dhabi vão estar os melhores, o Rodolfo Vieira, o Bernardo Faria, essa turma que brilha no Mundial e Pan. Estou chegando agora. Esse ano foi difícil para mim e estou feliz por esse resultado.

O ano foi difícil? Explique…

Tive um amigo que foi assassinado (Rufino Gomes Morcego), sofri com síndrome do pânico e tive que fazer até tratamento para isso. Não estava na minha melhor condição, mas consegui fazer um bom trabalho durante o ano. Como disse, estou chegando agora, contra uma galera que está aí há bastante tempo. Estou aprendendo com todos eles e vou trabalhar com o Bob Esponja, o meu professor, para estar cada vez melhor.

Cara de Sapato pega as costas na final. Foto: Carlos Ozório.

Você ganhou a faixa-preta no fim do ano passado. O que mudou nesta graduação em relação à faixa-marrom?

Na preta, fora o tempo de 10min nos eventos da IBJJF, o que já muda muita coisa, encaramos atletas que já estão na graduação há bastante tempo, são muito experientes. Ao mesmo tempo, tem aquela galera que chega da marrom com muita vontade. Ou seja, é o lugar que reúne todo mundo. Agora, qualquer luta é dura para caramba e não há espaço para errar. Tem que dar o seu melhor, jogar na estratégia, pois um pequeno erro custa a derrota. Senti isso neste ano no Mundial, num erro contra o Rafael Lovato. Mas fui terceiro no Mundial, terceiro no World Pro e venci o Brasileiro. Enfrentei vários caras que tinha como referência e fico feliz por, pelo menos, conseguir fazer frente.

Você lutou aqui fora da sua categoria. No World Pro, também vai se apresentar no acima de 92kg?

Ano passado lutei de 92kg e devo seguir nessa categoria. Na verdade, agora estou com 89kg. Preferi lutar no peso de cima, porque tinha outros dois companheiros no 92kg. Graças a Deus deu tudo certo. Como sempre luto os absolutos, estou acostumado contra atletas mais fortes.

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