As aventuras de Rickson, Arona e Cauã no mar da Prainha, no Rio

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Chegar à condição de faixa-preta, já disse o ex-presidente Lula, é mais duro que virar general. Um faixa-preta de Jiu-Jitsu que surfa bem, então, é quase um general de dez estrelas. Foi o que comprovaram ontem 24 feras nas águas da Prainha, no Rio de Janeiro, ao serem aclamados pelo público.

O fim de semana na Cidade Maravilhosa já estava marcado por muita testosterona e adrenalina. Se no sábado à noite, no UFC Rio, lutadores como Shogun, Minotauro e Anderson Silva representaram o Brasil no Octagon, no domingo foi a vez de 24 faixas-pretas mostrarem seu domínio sobre a prancha.

Em meio a séries de dois metros, que quebraram durante todo o dia na praia da zona oeste, o carioca Marcus Brasa derrotou a grande surpresa do campeonato, o galã de novelas, surfista e faixa-preta da Alliance Cauã Raymond, para conquistar o primeiro lugar no Bintang Black Belt Challenge de surfe, campeonato exclusivo para faixas-pretas convidados. Foi o primeiro título de Brasa como faixa-preta surfista.

Na final, disputada em 25 minutos, Brasa usou toda a sua experiência. Ele, que já foi tricampeão carioca de surfe profissional, acabou faturando uma passagem para a Costa Rica, oferecida pela Surf Travel Company. (Confira as fotos de Rick Werneck, a seguir.)

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Mas não se enganem aqueles que acham que Brasa venceu fácil a competição. Seus três adversários na final – Cauã, Leonardo Leite e Ricardo Arona deram muito trabalho e valorizaram ao máximo a vitória.

Principalmente Cauã, que esteve no páreo até os segundos finais. Enganam-se aqueles que acham que o jovem ator da Rede Globo é apenas um rostinho famoso. Cauã faz Jiu-Jitsu há mais de dez anos e, de acordo com aqueles que o enfrentaram no tatame, tem uma guarda boa e muita técnica. No domingo, nas direitas da Prainha, Cauã Raymond mostrou que também sabe surfar. Depois de vencer todas as suas baterias, o ator, que aprendeu a surfar nas ondas de Santa Catarina, chegou à final como a grande revelação do campeonato. Pelo menos para aqueles que não conheciam seu talento como surfista e sua extrema competitividade: “Tô amarradão com este resultado, mas eu queria ganhar. Ano que vem estarei de volta”, declarou Cauã durante a cerimônia de  premiação, todo sorridente com o troféu.

Os outros dois finalistas, Léo Leite – vencedor do evento em 2010 – e o campeão mundial de Jiu-Jitsu e astro do MMA Ricardo Arona acabaram, respectivamente, em terceiro e quarto lugares.

Enquanto Marcus Brasa vai curtir as ondas da Costa Rica com a passagem que ganhou, Cauã faturou uma passagem para Florianópolis, também oferecida pela STC – e vai aproveitar para rever a família e surfar um pouco mais no seu estado natal. Leite ganhou um relógio Nixon, enquanto Ricardo Arona recebeu uma prancha Island Mana, shapeada por Ítalo Marcelo.

Antes da final foi disputada uma prova diferente, um desafio de remada com todos os competidores vestindo kimonos. Os faixas-pretas tiveram que varar a arrebentação da Prainha – que não estava fácil neste domingo –, contornar a boia da Bintang, que estava estrategicamente posicionada a cerca de 200 metros além da linha de arrebentação, antes de voltar para a praia.

O vencedor foi o faixa-preta Felipe Gama. Em segundo ficou André Freitas. Felipe ganhou uma prancha pelo primeiro lugar, enquanto André recebeu um relógio Nixon. Todos os finalistas das duas categorias receberam kits da Probiótica.

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