André Galvão comenta luta com Rodolfo em Abu Dhabi: “Faltou malandragem”‏

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André Galvão finalizando no braço, durante o WPJJC em Abu Dhabi. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG.com.

Campeão da categoria até 88kg no WPJJC em Abu Dhabi, o faixa-preta de Jiu-Jitsu André Galvão acabou superado por Rodolfo Vieira na final do absoluto, no último sábado. No duelo decisivo, o atleta da GFTeam levou por 4 a 2, placar que fez André Galvão refletir.

“Eu não consegui escutar muito bem o meu córner. Dei mole ali por cima, mas já está tudo sendo ajustado e certamente vamos  reparar isso. O Rodolfo mandou bem e foi malandro, faltou malandragem da minha parte”, disse ao GRACIEMAG.com.

O atleta da Atos analisou, ainda, seu desempenho geral nos Emirados Árabes, e falou em motivação.

“Achei que foi boa a minha campanha, dei o meu melhor. Venci a minha categoria fazendo quatro lutas com três finalizações, inclusive a final (com Vitor Toledo). Me senti muito bem no campeonato. No absoluto, fiz mais seis lutas, e finalizei três delas, cheguei até a final mas não foi dessa vez”, detalhou. “Na verdade esse World Pro me deu muita motivação. Fiquei triste de ter perdido o absoluto, mas ao mesmo tempo feliz de ter encontrado os meus erros. Foi uma campanha boa, foi por pouco”. comentou Galvão, que além de enxergar os erros tirou outras lições da competição.

Escutar o sexto sentido no Jiu-Jitsu

“Aprendi muito. Sempre, independente de vencer ou perder, eu sempre procuro aprender algo. Aprendi que devo confiar mais em mim, aprendi que tenho de treinar mais, aprendi que devo estar atento e escutar mais meu ‘sexto sentido’, em vez de dar ouvidos aos outros. É claro que sempre é preciso escutar a opinião de cada um, mas quem me conhece melhor do que eu?”, indaga.

“A verdade é que quem está lá dentro lutando sou eu. Desta vez fiz o que nunca fiz antes, tentei traçar uma estratégia que eu nunca fizera antes. A minha estratégia será sempre sentir a luta e lutar, seja na situação em que eu cair. Dei mole, mas também houve brechas no meu jogo ali no momento. Mas o aprendizado foi bom  e valioso. O que aprendi aqui em Abu Dhabi não tem preço nenhum no mundo que me pague. Agradeço a Deus por isso”.

Dica de Jiu-Jitsu e armlock no cem-quilos

Após colecionar seis finalizações no torneio, André não deixou nosso leitor/praticante na mão e passou boas dicas para você finalizar.

“Usei muito o armlock na minha campanha. Trata-se de um golpe ótimo para fazer quando você está ali no cem-quilos. Eu particularmente gosto muito do armlock, e faço tanto que sai naturalmente. O Jiu-Jitsu é uma arte em que a gente deve lutar e se sentir o mais natural possível, ou seja, fazer sem pensar. E isso só vem com a repetição durante os treinos e rolas. Normalmente, solto muito as finalizações nos menos graduados”, ensinou.

“Quando eu tenho uma posição em que quero ficar mais justo, começo aplicando muito nos menos graduados primeiro. Aí sim, depois começo a fazer nos mais graduados. Também recomendo afiar os ataques nas costas, que é algo que sempre fiz desde a faixa-branca, e hoje já faz parte do meu Jiu-Jitsu”, encerrou nosso GMA, que já pensa no camp da Atos em San Diego, com vistas ao Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF, em junho.

Para mais informações, mande um email para info@galvaojiujitsu.com.

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