
Xande Ribeiro consola Lucas Leite no Mundial 2015 / Foto: Rafael Werneck.
Aos 34 anos, Xande Ribeiro chegou para se pesar na manhã de sábado com o kimono estalando de novo e o brilho contagiante no olhar por estar de volta à Pirâmide de Long Beach. Ao bater o peso, deixou o sorriso escapar: a primeira missão estava vencida.
Faltava agora só outros pequenos detalhes para levar para casa seu sétimo ouro mundial: medir forças com os talentos da nova geração dos pesados no seu caminho. O caminho seria espinhoso, com Arnaldo Maidana (Checkmat), Dimitrius Souza (Alliance), Jackson Sousa (Checkmat) e o outro finalista Lucas Leite.
Lutador completo e inteligente como poucos, o bicampeão mundial absoluto (2006/08) começou passando a guarda de Arnaldo cruzando o joelho, para montar e finalizar no estrangulamento, no sábado.
No domingo a coisa só engrossava, e Dimitrius foi o próximo. Com paciência e ajuste, Xande raspou o jovem campeão peso pesado da Alliance e avançou, 2 a 0. A semifinal seria cascuda: Jackson Sousa não dava espaços, e com uma força e uma raça de vaca premiada, parecia que não deixaria Xande brilhar. Foi quando o irmão mais novo de Saulo usou a técnica que se oferecia no seu vasto cardápio.
Da guarda fechada, começou a escorregar, girou, e foi parar nas costas de Jack. Ao ficar por cima, ganhou os dois pontos. Ao enfiar os ganchos, garantiu mais quatro.
O lutador da Checkmat resistiu no pescoço, mas perdeu por 6 a 0, e perdeu a chance de fechar a categoria com Lucas Leite, 32 anos. Lucas, do outro lado da chave, começou finalizando Herico Hesley (Nova União) em boa luta, venceu Eduardo Inojosa na decisão e Tim Spriggs também na decisão para ir à final. Tim deixara o ginásio em polvorosa ao eliminar Keenan Cornelius por 2 a 0 (queda), numa revanche da derrota sofrida no absoluto, no sábado.
“O Lucas Leite é um dos lutadores mais inteligentes que há lutando, se mexe sempre de modo certo. Mas o Xande sabia exatamente em que posição não podia cair, naquela meia-guarda dele, então eu só fiquei no córner torcendo”, disse Saulo. “É a colher dentro da panela que sabe como deve se mexer”, diria o irmão depois.
Na final, Xande aproveitou todas as chances que teve, raspando duas vezes e vencendo por 4 a 2. A raspagem vitoriosa veio quando parecia que Lucas estava passando a guarda, uma armadilha e tanto. No fim, Lucas manobrou e quase apertou o pescoço, mas o golpe não encaixou.
Após voltar da coleta do antidoping, o heptacampeão comentou: “Amanhã é dia normal, sem descanso nem folga na praia não. Vou acordar cedo e dar minha aulinha para as crianças às 9h da manhã, nossa vida é isso.”
Essa é a vida de um lutador de Jiu-Jitsu, sempre lutando a cada dia. E parabéns pelo exemplo professor Xande e pelo hepta!
Parabéns guerreiroooo!!!!
Grande atleta!! Achava que ele iria para o mma de vez.
gostaria de entender uma coisa, no livro de regra da IBJJF na parte
1.2 Formatação da arbitragem
1.2.1 A organização do campeonato poderá optar por escalar três árbitros para uma luta sempre que considerar necessário.
Minha pergunta e o seguinte aonde estava os arbitro laterais ? e sera que nas finas do mundial não e necessario escalar os 3 ? porque eu não os vi nos video das lutas e em nenhuma foto das finas da faixa preta, apesar que eu não estava presente e as vezes o foco da transmissão não os pego.
outra, na parte
1.2.2 Quando considerar necessário, a IBJJF utilizará dois árbitros adicionais com acesso a recurso de video e replay para correção
da marcação de pontos, vantagens e punições no placar.
Em nenhum momento diz quanto tempo depois os árbitros que utilizam esse recurso poderá mudar a pontuação da pelo juiz central em concordância com os laterais, isso deveria estar na regra pós sendo assim os árbitros que utilizam o video replay poderá teoricamente voltar os 10 minutos da luta toda e mudar a pontuação de luta. E também não diz que esse recurso substituiria os árbitros laterais
Resumindo a formação da arbitragem nas finas da faixa preta ao meu ver esta errada teria que ter o arbitro central os 2 laterais e os 2 utilizando o recurso do video replay. E isso pode levar a erros grave nos resultados.
Xande Ribeiro, irmão do lendário Saulo Ribeiro.
Orgulho de ser manauara, e ver o cara sair daqui e ser multicampeao..